Lojas abrem as portas após permanecerem fechadas durante a manhã (Foto: Juliana Cardilli/G1) O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (PSD), disse na manhã desta terça-feira (25), que as fiscalizações a camelôs irregulares no Brás, na região central de São Paulo, vai continuar. "Nós tivemos essa ação por toda a cidade ao longo dos últimos meses e não seria diferente no Brás", disse o prefeito. Kassab também agradeceu à Polícia Militar pela ação na região. "Eu posso afirmar que aqueles que trabalham com produto roubado e produtos frutos de contrabando serão, até o final do processo, enfrentados pela Prefeitura e pelo poder público e sou muito grato ao apoio da Polícia Militar. Porém todos aqueles que trabalham legalmente terão o nosso apoio", afirmou.
Comerciantes que têm lojas na Rua Oriente começaram a abrir parcialmente seus comércios no fim da manhã desta terça as lojas permaneceram fechadas desde o início do dia devido a uma manifestação de camelôs na região. Os ambulantes protestam desde a noite de segunda-feira (24) contra a ação da Polícia Militar na região da Feira da Madrugada com a chamada Operação Delegada que combate os ambulantes irregulares e a venda de produtos falsificados.
Durante toda a manhã, comerciantes que tentaram abrir suas portas foram forçados pelos manifestantes a ficarem com as lojas fechadas. O grupo percorreu ruas do bairro e chegou a interditar por cerca de 30 minutos o cruzamento da Avenida do Estado com a Rua São Caetano. Os poucos comerciantes que abriram suas portas ouviram gritos de "fecha" durante a passagem da manifestação dos vendedores ambulantes. Eles chegaram a avançar em um homem que resistiu em fechar seu estabelecimento. Uma pessoa foi detida e levada para o 12º DP, no Pari.
Pouco antes das 11h, policiais militares começaram a percorrer as lojas orientando os gerentes e funcionários a levantarem as portas e trabalharem normalmente. Inicialmente, os manifestantes concentrados no cruzamento da Rua Oriente com a Rua Rodrigues dos Santos tentaram forçar o fechamento das portas. Um homem foi abordado pelos policiais e orientado a não repetir a ação ou seria detido.
Eu falei para eles que não pode fazer isso [obrigar o fechamento das lojas]. Tem um ou outro exaltado no meio deles, mas estamos controlando. Quando eles saíram para fechar uma loja, imediatamente nós intervimos e falamos para voltar, disse o major Wagner Rodrigues, comandante da ação da PM no local. Está dentro de uma normalidade esperada no planejamento feito pela polícia para a operação.
Avenida do Estado foi interditada pelos camelôs (Foto: Juliana Cardilli/G1) Protesto
A manifestação começou na noite de segunda quando a PM iniciou a Operação Delegada nas ruas do bairro. Manifestantes incendiaram dois carros, e uma banca de jornal e uma loja foram depredadas.
Os manifestantes querem, segundo Leandro Dantas, presidente do Sindicato dos Camelôs Independentes de São Paulo, voltar a trabalhar nas ruas do bairro. "São dez ruas da região com trabalhadores, são 7 mil barracas só do lado de fora. Eles não nos dão alternativa de trabalho. Lá dentro [no galpão da Feira da Madrugada] eles estão sofrendo também. Seria uma alternativa de trabalho para a gente, mas também estão fechando, diz Dantas. O grupo de ambulantes deverá permanecer durante todo o dia na Rua Oriente. O objetivo é manter manifestação de forma pacífica até uma resposta da Prefeitura de São Paulo.
Pouco antes das 10h, Dantas e outras quatro pessoas seguiram para a sede da Prefeitura, onde se encontrariam, segundo eles, com o subprefeito da Mooca. O restante dos manifestantes permaneceu na Rua Oriente aguardando o fim da reunião e um posicionamento das lideranças.
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