Juntos, o diretor Martin Scorsese e o astro Leonardo DiCaprio já fizeram um drama histórico (Gangues de Nova York), retrataram uma figura pública (O aviador) e conquistaram o Oscar com o policial Os infiltrados. Agora, a dupla volta às telas com um terror psicológico, o sombrio Ilha do medo, que estreia nesta sexta-feira, dia 12.
No longa-metragem, Scorsese abraça mais uma vez a temática da violência, tão prestigiada ao longo de sua filmografia, em clássicos como Taxi driver, Touro indomável e Os bons companheiros. Só que desta vez, a violência não está nas ruas nem nos ringues, está dentro da cabeça do protagonista, o atormentado policial Teddy Daniels.
Pesadelo noir
Na trama, ambientada em 1954, Teddy e seu parceiro Chuck (Mark Ruffalo) são enviados numa missão a Shutter Island, uma ilha fortificada que abriga um hospital psiquiátrico para pacientes perigosos. Eles devem investigar o desaparecimento de uma assassina internada na instituição.
Entretanto, uma tempestade faz com que a dupla acabe estendendo sua estadia na ilha, ao mesmo tempo em que o hospital começa a se tornar um ambiente cada vez mais assustador. Sem poder deixar o local, o personagem de DiCaprio aprofunda sua investigação, se envolvendo cada vez mais nos mistérios do hospital e mergulhando em um pesadelo sem volta.
Com cenas dignas de um Hitchcock e uma atmosfera "noir", Scorsese rege como um maestro esse processo de decadência do personagem, que vai aos poucos perdendo a pose do início e encarando seus próprios medos. Na reta final, a trama inspirada no romance "Paciente 67", de Dennis Lehane, perde um pouco do fôlego e acaba entregando mais do que devia antes da hora, mas ainda assim "Ilha do medo" mantém-se sombrio e perturbador até o fim.
Por: Carla Meneghini
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