Lindemberg depõe contra o pai de Eloá

Lindemberg depõe contra o pai de Eloá

Fonte: Atualizado: sábado, 29 de março de 2014 às 03:26

Lindemberg Alves, acusado de matar a ex-namorada Eloá Cristina Pimentel após mantê-la refém por uma semana em Santo André, no ABC, prestará depoimento nesta segunda-feira (8) como testemunha do processo contra o pai da menina, Everaldo Pereira dos Santos.

Santos é acusado de integrar a Gangue Fardada e foi condenado em novembro de 2009, mesmo foragido, a 33 anos de prisão por envolvimento no assassinato do delegado Ricardo Lessa, irmão do ex-governador de Alagoas Ronaldo Lessa. O crime ocorreu em outubro de 1991, época em que o delegado investigava um crime ocorrido na Unidade de Emergência e que tinha como principal suspeito o grupo ligado ao ex-tenente coronel PM Manoel Cavalcante.

O condenado passou a ser procurado pela polícia depois que apareceu na televisão enquanto a filha era mantida refém. Ele fugiu em seguida e foi preso em 28 de dezembro do ano passado, após ser encontrado em um sítio nas imediações de um conjunto habitacional em Maceió, em Alagoas. 

De acordo com o Tribunal de Justiça de São Paulo, o depoimento será às 14h, no Fórum de Tremembé, a 147 km de São Paulo, cidade onde Lindemberg está preso desde outubro de 2008. De acordo com sua advogada, Ana Lúcia Assad, ele será testemunha do juízo e irá depor através de carta precatória. “Já conversei com ele sobre o que ele vai falar”, disse a advogada, que não quis adiantar o conteúdo do depoimento.

O crime

Nayara Silva, Eloá Cristina Pimentel e mais dois adolescentes foram feitos reféns por Lindemberg no dia 13 de outubro de 2008 em um apartamento em Santo André. Os dois jovens foram libertados no mesmo dia e as duas meninas seguiram no apartamento. Nayara deixou o local no dia 14, mas retornou no dia 16 após uma tentativa frustrada de negociação. No dia seguinte, a polícia invadiu o apartamento e as duas acabaram baleadas. Eloá, que era ex-namorada de Lindemberg, morreu atingida por dois tiros.

Ele irá responder por homicídio duplamente qualificado (motivo torpe e recurso que dificultou a defesa da vítima), duas tentativas de homicídio (contra Nayara e um sargento da Polícia Militar), cárcere privado e disparo de arma de fogo. A data do júri popular ainda não foi marcada.

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