Mais de 11 mil médicos aderem à paralisação no Paraná

Mais de 11 mil médicos aderem à paralisação no Paraná

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 9:48

No Paraná, aproximadamente, 11.373 médicos não estão atendendo a consultas de planos de saúde nesta quinta-feira (7). Ao todo, no estado são 18.955 médicos ativos inscritos no Conselho Regional de Medicina (CRM) e 60% deles atendem direta ou indiretamente a convênios. A estimativa é de que todos, que atendem aos planos, estejam parados.

Os médicos reclamam dos baixos honorários, da interferência dos planos de saúde na autonomia da relação entre médico e paciente e quanto a eficiência da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) que deve regular, normatizar e fiscalizar a relação dos médico com os planos de saúde. Mas, segundo os profissionais, o órgão não tem feito isso. Os médicos defendem que não têm direitos trabalhistas e que o reajuste pago pelos pacientes aos convênios, não é repassado à eles.

O movimento afetou a rotina do Instituto Paranaense de Otorrinolaringologia (IPO), que atende diariamente 700 consultas normais, mas nenhuma foi marcada para esta quinta. Segundo o coordenador de emergência do IPO, Dr. Luciano Prestes, os 50 médicos que trabalham na clínica aderiram à paralisação. Eles estão atendendo somente as emergências. “Hoje o IPO está deixando de atender a 700 pacientes”, afirmou.

A recepcionista, Talita Silvestre, tinha consulta marcada com um médico cardiologista e se surpreendeu quando chegou ao consultório viu que estava fechado. “Não tenho nada a ver com isso. Eles precisam olhar a população e não pensar somente neles. Imagine se eu tivesse um problema cardíaco sério e ninguém fosse me atender. Eu poderia ter morrido", disse.

Na manhã desta quinta-feira (7), cerca de 100 médicos se reuniram na sede da Associação Médica do Paraná, em Curitiba, para discutirem o que já foi feito para a negociação das reivindicações da classe e decidirem quais serão os próximos passos.

De acordo com a assessoria de comunicação do CRM-PR, uma carta vai ser redigida e endereçada aos planos de saúde, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) e a população com o objetivo de esclarecer a atual situação de trabalho dos médicos.

Durante a tarde, por volta das 15h, os médicos farão um ato público, na capital do estado, com o obejtivo de chamar atenção e explicar à sociedade a simbólica paralisação. Eles vão sair em passeata da sede da Associação Médica do Paraná, no bairro água Verde, até a Praça do Japão.      

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