Mais duas cidades sofrem com chuvas no Paraná; municípios com danos chegam a 26

Mais duas cidades sofrem com chuvas no Paraná; municípios com danos chegam a 26

Fonte: Atualizado: sábado, 29 de março de 2014 às 03:27

As cidades de Ortigueira e Bocaiúva do Sul reportaram ontem (2) à Defesa Civil paranaense que também sofreram prejuízo devido às fortes chuvas que atingiram o Estado no último fim de semana. Até o momento, 26 cidades já foram afetadas.

Segundo a coordenadoria estadual de Defesa Civil, nenhum dos municípios notificou oficialmente a decretação de situação de emergência.

De acordo com o órgão estadual, as 26 cidades afetadas são: Almirante Tamandaré, Arapoti, Araucária, Campina Grande do Sul, Campo Largo, Campo Magro, Colombo, Doutor Ulisses, Guarapuava, Ibaiti, Ibiporã, Jaguariaíva, Pinhalão, Pinhais, Piraquara, Ponta Grossa, São José da Boa Vista, Sapopema, Sengés, Tomazina, Wenceslau Braz, São Jerônimo da Serra, Siqueira Campos, Paranacity, Ortigueira e Bocaiúva do Sul.

Aumentou também o número de vítimas das chuvas. Já são 27.960 as pessoas que sofreram algum dano por causa dos temporais. Do total, 2.732 estão desalojadas (foram para casas de parentes) e 1.347 seguem desabrigadas (foram para abrigos públicos). Segundo o subtenente Luiz Claudio Trierweiler, essas pessoas estão sendo encaminhadas, principalmente, a colégios públicos pelas autoridades municipais.

A cidade de Sengés, que é a mais afetada de todo o Estado, continua isolada depois que as duas pontes que ligam o município a São José da Boa Vista e a Itararé caíram com a cheia dos rios que passam pelas cidades. A Defesa Civil informou que a telefonia móvel já foi restabelecida, porém a telefonia fixa e o abastecimento de energia elétrica ainda funcionam parcialmente.

Abastecimento de água

O abastecimento de água tratada foi restabelecido na tarde de ontem (2), mas segundo a Sanepar (Companhia de Saneamento do Paraná) alguns bairros localizados na parte alta da cidade ainda sofrem com a falta de água. O motivo é que a rede ainda apresenta muitos pontos de vazamento, causando a baixa pressão da água. Além disso, o consumo elevado pelos moradores da parte baixa com o trabalho de limpeza da lama agrava o problema. Ainda segundo o órgão, isso só melhora durante a noite, o que permite aos demais moradores que possuem caixa-d´água em seus imóveis armazenar a água para o consumo durante o dia.

Outro fator que ainda afeta o funcionamento do sistema de água é a instabilidade da rede elétrica da cidade. Em Sengés são produzidos 115 mil litros de água por hora a partir de três poços artesianos, processo que depende de um conjunto de motobombas elétricas. Devido à precariedade no fornecimento de energia, qualquer pico de consumo desarma os sistemas de bombeamento. Segundo a Sanepar, o restabelecimento posterior, nesses casos, é feito de forma gradual com o objetivo de evitar rompimentos da rede pela alta pressão de bombeamento.

De acordo com a Defesa Civil, o município também está com racionamento de combustível, devido a que com a interdição das estradas não há reabastecimento dos postos da cidade. Há informações de que já começa a faltar dinheiro em agências bancárias.

Agentes do Corpo de Bombeiros estão fazendo uma vistoria em todas as moradias que foram afetadas pelas chuvas. Segundo o subtenente Luiz Claudio Trierweiler, os moradores só poderão voltar para suas casas depois que o laudo ficar pronto. “Esse trabalho começou a ser feito hoje cedo, mas o resultado deve demorar um pouco, já que mais de 200 casas precisam ser vistoriadas, além dos diversos pontos comerciais”, afirma Trierweiler.

De acordo com o Simepar (serviço meteorológico do Paraná), não choveu nas últimas horas na região, o que deve facilitar os trabalhos de reconstrução. Porém pancadas de chuvas isoladas são esperadas esta tarde.

Segundo balanço divulgado pelo DER (Departamento de Estradas de Rodagem) do Paraná, no fim da tarde de terça-feira (2), ainda restavam 11 trechos nas estradas do Estado sem condição de tráfego. As fortes chuvas que atingiram o Paraná no final do mês de janeiro chegou a deixar 52 pontos com problemas --como queda queda de barreiras -- intransitáveis.

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