Mais quatro laticínios são interditados no Sul de Minas

Mais quatro laticínios são interditados no Sul de Minas

Fonte: Atualizado: sábado, 29 de março de 2014 às 3:24

O Ministério Público solicitou a interdição de mais quatro laticínios em Borda da Mata, no Sul de Minas. As empresas, que fornecem queijo para várias cidades, estavam funcionando em condições precárias de higiene. A decisão foi tomada após uma denúncia de que um outro laticínio estaria colocando água oxigenada no leite, que era distribuído para uma creche da cidade, onde cerca de 60 crianças passaram mal. As indústrias terão seis meses para se adequarem às normas estabelecidas pelo Instituto Mineiro de Agropecuária e Vigilância Sanitária Municipal.

Na última sexta-feira, técnicos do IMA e da vigilância fizeram uma vistoria nos laticínios São Sebastião, Moji, São Luiz e Queijo Silva. Eles encontraram várias irregularidades. Nos locais, em que são produzidos queijos muçarela e ricota, o principal problema era a falta de higiene. As paredes e pisos estavam quebrados, as janelas sem proteção contribuíam para o aparecimento de insetos, os funcionários trabalhavam sem uniformes, faltavam pias e área para que fossem lavadas as botas usadas pelos colaboradores e as câmaras frias eram utilizadas para abrigar vários produtos.

Segundo o supervisor de inspeção do IMA de Pouso Alegre, Rafael Bombachi, a falta de estrutura e qualidade dos produtos também demonstraram que as empresas não tinham condições de continuarem funcionando. Ele conta que no laticínio Silva não havia pasteurizador – equipamento que contribui para que microorganismos não contaminem o produto final. “O proprietário dessa empresa estava usando leite cru. O produto sem pasteurização pode ocasionar várias doenças, como salmonela, e reações como diarréia, vômitos, náuseas, febre e até a morte”, afirmou o inspetor.

Os proprietários dos laticínios firmaram um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com o Ministério Público para que sejam feitas as adequações dentro das normas estabelecidas pela vigilância sanitária e IMA. Os empresários terão seis meses para resolver a situação. “Eles terão que comprar novos equipamentos e vão continuar com o processo para que consigam o certificado do IMA. Caso voltem a funcionar sem autorização ou não façam as mudanças, os proprietários poderão pagar uma multa de R$20 mil”, frisou Bombachi.

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