Segundo a presidenciável do PV, as chamadas 'taxas verdes' seriam cobradas para compensar os estragos causados por atividades A candidata do PV, Marina Silva, defendeu nesta segunda-feira a elevação dos impostos para atividades poluentes, como termoelétricas, refinarias e indústrias com grandes emissões de gás carbônico.
Segundo a presidenciável, as chamadas taxas verdes seriam utilizadas para compensar os estragos causados por atividades que geram grandes danos ao meio ambiente. É para gente educar e incentivar para que os investimentos possam migrar para as práticas renováveis, disse Marina Silva ao telejornal Bom Dia Brasil , da Rede Globo.
Apesar de classificar a exploração do pré-sal como uma dessas atividades altamente danosas ao meio ambiente, Marina disse que pretende manter a capitalização da Petrobras e a exploração fóssil do petróleo oriundo os postos recém-descobertos.
A ideia da candidata é apenas reforçar a segurança nessas plataformas de exploração, a fim de evitar acidentes como aconteceu no Golfo do México (EUA), onde o vazamento de petróleo durou cinco meses e destruiu várias formas de vida animal na região.
A proposta é manter a exploração com segurança. Isso é fundamental. Ter inclusive uma atitude transparente em relação aos procedimentos, às tecnologias que serão usadas. E eu proponho que se estabeleça um comitê cientifico de acompanhamento independente, da sociedade civil. Que as instituições de pesquisas, de forma independente possam acompanhar e auditar, sempre que acharem necessário, o que está sendo feito, avaliou a candidata.
Educação
Marina Silva abriu a série de entrevistas que o telejornal promove com os principais candidatos à Presidência da República nesta semana e voltou a falar das propostas de educação em tempo integral. Para garantir que os alunos possam passar o dia todo na escola, exercendo atividades pedagógicas, Marina voltou a defender cortes de gastos desnecessários do orçamento e combate à corrupção.
A candidata do PV sugeriu que a construção do trem-bala entre São Paulo e Rio de Janeiro é muito onerosa e desnecessária e disse que esse seria um dos cortes que faria no orçamento, caso seja eleita. Estão dizendo que vão fazer o trem bala, que daria para dobrar durante um ano os recursos para educação. É uma questão de prioridade. Nós vamos priorizar a educação. , afirmou.
Belo Monte
Marina Silva também criticou a forma afobada em que os empreendimentos elétricos são feitos no Brasil, alertando para a falta de planejamento estratégico do governo. Ela citou a pressão para concessão de licenças ambientas para construção da hidrelétrica do rio Madeira como exemplo dessa falta de planejamento. Como alguém pode imaginar que um país como o nosso, que está crescendo a 7%, todo ano ano pode ficar refém apenas de um empreendimento? Na época do rio Madeira, se dizia 'ou faz a usina do rio Madeira, ou o país vive um apagão'. Isso é falta de planejamento, disse a candidata do PV.
Sobre a construção da usina de Belo Monte, Marina voltou a lançar dúvidas sobre a concessão das licenças ambientais do empreendimento, que não resolveram os problemas ambientais e sociais da região do Xingu. Existe 42 condicionantes para Belo Monte. Eu não sei se elas sendo cumpridas o problema será resolvido. Um projeto para ser viável ele tem que ter viabilidade econômica, social e ambiental. No meu governo as três coisas terão que estar caminhando juntas, justificou presidenciável verde.
Sua avaliação é importante para entregarmos a melhor notícia
O Guiame utiliza cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar a sua experiência acordo com a nossa Politica de privacidade e, ao continuar navegando você concorda com essas condições