Médica será avaliada por após fixar seringas em muro

Médica será avaliada por após fixar seringas em muro

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 09:30

Contra ladrões, médica põe seringas que teriam

sangue com HIV em muro de sua residência

(Foto: Reprodução/TV Globo)

  A Secretaria de Saúde do Distrito Federal informou nesta segunda-feira (22), por meio de nota, que a médica responsável por fixar seringas na grade de casa e escrever em um cartaz “Muro com sangue HIV positivo – não pule ”, será encaminhada para avaliação clínica quando retornar às atividades no Hospital Regional do Paranoá.

Segundo a Secretaria de Saúde, a médica está em abono anual e retorna às atividades nesta terça-feira (23). De acordo com a Lei 1.303, o servidor tem direito a cinco dias de abono ao ano, quando não tiver mais de cinco faltas injustificadas no período de um ano.

A direção do Hospital Regional do Paranoá, onde a médica trabalha, informou que, caso a servidora tenha se apropriado de material que pertence à secretaria, será aberto um processo de sindicância para apurar os fatos.

O Conselho Regional de Medicina do Distrito Federal (CRM-DF) também afirmou que irá apurar a ação da médica. Segundo o CRM, a médica poderá receber penalidade que pode ir desde a advertência à cassação do exercício profissional. O conselho adiantou que a atitude da médica apresentou indícios de infração ao Código de Ética Médica.

Cartaz colado em grade de casa do condomínio

RK, em Sobradinho, avisa sobre seringas que

teriam sangue com HIV

(Foto: Reprodução/TV Globo)

  Para o presidente do CRM-DF, Iran Augusto Cardoso, se a ortopedista retirou as seringas do hospital, ela adquiriu inapropriadamente o material. Segundo Cardoso, ao expor as seringas, a médica colocou em risco a saúde dos moradores vizinhos.

A síndica do condomínio RK, Vera Barbieri, contou que as seringas foram retiradas da grade da casa da médica no sábado (20) à noite. No entanto, o cartaz que informa “Muro com sangue HIV positivo – não pule” continua no local. Ainda segundo a síndica, a médica teria colocado o material na grade na quinta-feira (18).

Vera afirmou que a Vigilância Sanitária foi acionada ainda no sábado, mas disse que não poderia fazer nada em relação ao assunto. Nesta segunda-feira, a Vigilância Sanitária solicitou que a síndica encaminhasse o nome completo da médica, para que ela possa ser responsabilizada.

“Estamos agindo em termos administrativos. A Vigilância Sanitária disse que, para a conclusão dos encaminhamentos necessários ao caso, precisamos repassar os dados”, contou.

A síndica ainda informou que a médica foi notificada pelo condomínio no sábado e deverá pagar multa de R$ 180. “A moradora tem cinco dias para corrigir os problemas. Caso contrário, a multa poderá subir”, explicou Vera.

“A situação extrapola a capacidade do condomínio de notificá-la. É um assunto mais amplo, é uma ameaça à sociedade. Se uma pessoa portadora vir uma coisa dessa no muro de uma casa, se torna algo constrangedor, é discriminatório”, completou a síndica.            

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