Meninas mortas a facadas são veladas no interior de SP

Meninas mortas a facadas são veladas no interior de SP

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 09:34

Meninas eram veladas na manhã desta terça em Sorocaba (Foto: Juliana Cardilli/G1)

  Os corpos das meninas Nicole Maíra da Silva Nogueira, e Maiara Silva, ambas de 9 anos, encontradas mortas a facadas nesta segunda-feira (11) em Sorocaba, no interior de São Paulo, eram velados na manhã desta terça-feira (12) no Velório Ossel, na Vila Carvalho. Os corpos chegaram ao local durante a madrugada. O enterro de Nicole está marcado para as 13h no Cemitério Memorial Parque. Já o corpo de Maiara será enterrado às 15h30 no Cemitério da Saudade, ambos em Sorocaba.     Amigos e parentes das duas meninas participavam do velório. Ambas foram encontradas mortas dentro da casa de Maiara, no bairro Jardim Betânia, em uma rua de terra e com pouca iluminação. Nicole havia dormido na casa da amiga – ambas se conheciam desde pequenas. A mãe de Maiara, que vivia com a filha, saiu para trabalhar no fim da madrugada. As duas foram encontradas mortas por volta das 8h30. A faca usada no crime era da casa da menina.

“Francamente, no meu entender foi vingança o que fizeram. Eu nunca fiz mal para ninguém, a mãe dela do mesmo jeito, mas não roubaram nada, a televisão estava ligada e não mexeram, tinha dinheiro, não mexeram”, afirmou Sebastião Nogueira, de 65 anos, pai da menina. Segundo ele, as duas eram crianças muito calmas, queridas, que não tinham problema com ninguém. Nogueira, entretanto, não soube explicar os motivos de uma possível vingança.

Sebastião, pai de Nicole, acredita em vingança

(Foto: Juliana Cardilli/G1)

  Nicole vivia com a mãe, mas estava passando alguns dias na casa do pai, que vive na mesma rua de Maiara. “A mãe dela fez uma promessa para que ela se curasse de uma doença, e ela [Nicole] ficou comigo uns dias para a mãe ir em Aparecida cumprir a promessa”, contou o pai de Nicole. “Eu não vou sossegar enquanto não achem quem foi, quero que Deus me dê saúde ainda, força, para eu ver essas pessoas pagarem o que elas fizeram. O que fizeram não tem qualificação. Não desejo para ninguém esse tipo de coisa.”

Na frente do velório, muitos dos parentes das meninas liam os jornais do dia com reportagens sobre o caso. A mãe de Maiara, a costureira Nerci Cuchera da Silva, de 49 anos, passou a noite no local e, abalada, não quis falar com a imprensa. “Ela parece um zumbi, passou a noite andando de um lado para o outro”, afirmou Neusa da Silva, irmã de Nerci e tia de Maiara.

A família da menina fez um apelo para que informações sobre o caso sejam dadas à polícia. “Quem souber de alguma pista, denuncie no 181, ninguém precisa se identificar. A gente pede, qualquer coisa já ajuda”, disse Jadilma da Silva, prima de Maiara.

Jadilma e Nerci, prima e mãe de Maiara, apelam

por informações (Foto: Juliana Cardilli/G1)

  Investigações

Duas suspeitas foram levantadas inicialmente, de forma não oficial – uma de que o pai de Nicole seria um dos suspeitos – ele foi o segundo a encontrar o corpo das meninas, mas a hipótese foi negada pelo delegado Acácio Aparecido Leite, da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Sorocaba. Também circulou a informação de que as meninas costumavam provocar um homem com problemas mentais que frequentava a rua, o que foi negado pelo pai de Nicole. “Elas não faziam isso, não provocavam ninguém. Eu moro há 15 anos na rua, nunca vi ninguém assim”, afirmou Sebastião, que já prestou depoimento.

A faca usada para golpear as meninas foi encontrada em um terreno baldio em frente à casa de Maiara. Ao lado, havia preservativos fora da embalagem. Entretanto, ainda não se sabe se eles têm alguma relação com o crime. As duas crianças foram encontradas vestidas. Material genético das duas foi colhido para exames.        

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