Minc anuncia parques fluviais para recuperar rios da Região Serrana

Minc anuncia parques fluviais para recuperar rios da Região Serrana

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 09:58

Com o objetivo de recuperar os rios da Região Serrana do Rio e evitar novas tragédias, onde no dia 11 uma forte chuva devastou pelo menos seis cidades, o secretário estadual do Ambiente, Carlos Minc, anunciou, nesta sexta-feira (28), que vai captar recursos financeiros para construir 95 km de parques fluviais, entre os municípios de Petrópolis, Teresópolis e Nova Friburgo.

A estimativa é de que a verba necessária seja de R$ 190 milhões. Nesta sexta, o Fundo Estadual de Conservação Ambiental e Desenvolvimento Urbano (Fecam) se reúne para aprovar R$ 5 milhões para os novos parques fluviais.

“Parques fluviais são projetos que protegem os rios, o meio ambiente e protegem as pessoas. (...) Com isso impedimos que pessoas sofram e morram com as próximas enchentes”, disse Minc.

O secretário explicou que, como são milhares de metros cúbicos que foram atingidos, não será possível dragar, já que a geografia natural foi modificada. Dessa forma, a solução encontrada ou é o parque fluvial ou o reflorestamento. “Não vamos construir como era antes”, afirmou.

Primeiro parque será em Itaipava

Atualmente, equipes do Instituto Estadual do Ambiente (Inea) estão desobstruindo rios e limpando as margens, a fim de decidir quais áreas serão parques fluviais. A secretaria e o Inea pretendem construir, incialmente, cinco parques. O primeiro deles será ao longo do Rio Santo Antônio, em Itaipava, onde o projeto está em fase mais avançada, já que teve início após uma enchente ocorrida em fevereiro de 2008. Segundo o secretário, no trecho final desse rio moram cerca de 600 famílias.

O segundo parque fluvial será Córrego Dantas, em Friburgo. Os outros serão em vales no interior de Teresópolis. A expectativa é de que no próximo verão o parque fluvial do Rio Santo Antônio já esteja pronto.

Com a instalação dos parques, serão implementados, por exemplo, equipamentos de lazer e ações de reflorestamento para a proteção dos corpos hídricos, o que evita o assoreamento. Dos 95 km, 55 terão características mais urbanas, como a construção de quadras esportivas, pistas para caminhada, ciclovia, estacionamento e quiosques. Nos outros 40 km serão realizados reflorestamentos.

Segundo a Secretaria do Ambiente, os recursos disponibilizados permitirão a recuperação ambiental das margens dos rios e a retirada de moradores de áreas de risco. Eles também afirmaram que as habitações existentes nas margens dos rios serão realocadas progressivamente.

Parques fluviais já em funcionamento

O primeiro parque fluvial realizado no Rio de Janeiro foi o do Rio Guandu, na Baixada Fluminense. O segundo foi ao longo do Rio Macacu, em Friburgo. E o terceiro é o de Piabanha, que também corta a Região Serrana.

Desabrigados e desalojados chega a 30 mil

Na quinta-feira (27), a Coordenação da Defesa Civil estadual informou que chega a quase 30 mil o número de desabrigados e desalojados nas cidades da Região Serrana atingidas pelas chuvas de 11 de janeiro. Segundo o relatório, são 8.814 desabrigados e 20.996 desalojados, chegando a um total de 29.810 pessoas.

De acordo com as prefeituras das cidades atingidas, o número de corpos resgatados chega a 845. Pelos últimos levantamentos dos municípios, ao todo são 405 em Nova Friburgo, 344 em Teresópolis, 67 em Petrópolis, 22 em Sumidouro, 6 em São José do Vale do Rio Preto e 1 em Bom Jardim.     Leptospirose

A Prefeitura de Nova Friburgo contabiliza 44 suspeitas de leptospirose , que estão sob investigação, após as chuvas que devastaram a Região Serrana. De acordo com comunicado da Divisão de Vigilância Epidemiológica da Fundação municipal de Saúde, foram registrados três casos confirmados da doença, um caso descartado e seis internações, sendo três no Hospital municipal Raul Sertã e outras três em um hospital particular.

Na quarta-feira (26), a Secretaria estadual de Saúde e Defesa Civil do Rio informou que cinco casos da doença provocada pela urina do rato foram constatados em Nova Friburgo, e um em Teresópolis. A Secretaria não divulgou os nomes dos pacientes e nem informou o estado de saúde deles, mas confirmou que dois casos em Nova Friburgo são anteriores às chuvas que devastaram a região no dia 11 de janeiro.    

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