'Minha filha morreu com 13 anos', se desespera mãe de estudante no Rio

'Minha filha morreu com 13 anos', se desespera mãe de estudante no Rio

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 09:48

“Minha filha morreu com 13 anos”, se desesperou a mãe de Mariana Rocha de Souza, estudante da Escola Municipal Tasso Silveira, em Realengo, na Zona Oeste do Rio. Na manhã desta quinta-feira (7), um atirador, de 23 anos, entrou no colégio, fez disparos e deixou vários alunos mortos e outros feridos. O atirador foi atingido por um policial e se suicidou. O crime ocorreu por volta das 8h30.

Noeli Rocha, de 48 anos, soube por volta de 12h que sua filha estava entre os alunos que morreram. A menina levou um tiro no ouvido. O corpo foi identificado através de fotografia, pois não estava no Hospital Albert Schweitzer. Os familiares foram para o Instituto Médico Legal.

Muito abalada, Noeli saiu amparada do hospital. O corpo do atirador foi retirado por volta das 12h20, de acordo com os bombeiros.

Sobrevivente conta como foi

Uma das alunas lembra os momentos de terror na unidade. Aos 12 anos, ela viu o atirador entrar na escola e estava dentro da sala de aula quando ele abriu fogo contra os alunos.

“Ele começou a atirar. Eu me agachei e, quando vi, minha amiga estava atingida. Ele matou minha amiga dentro da minha sala”, conta ela, que afirma que estava no pátio na hora em que Wellington Menezes de Oliveira entrou na escola. “Ele estava bem vestido. Subiu para o segundo andar e eu ouvi dois tiros. Depois, todos os alunos subiram para suas salas. Depois ele subiu para o terceiro andar, onde é a minha sala, entrou e começou a atirar”, completou.  subprefeito da Zona Oeste, Edmar Peixoto, afirmou nesta quinta-feira (8) que Wellington Menezes deixou uma carta em que contava ser portador do vírus HIV.

De acordo com o coronel da polícia Djalma Beltrami, a carta de Wellington tinha inscrições complicadas. “Ele tinha a determinação de se suicidar depois da tragédia”, contou Beltrami. A carta foi entregue a agentes da Divisão de Homicídios. Conhecido na escola por ser ex-aluno, ele teria entrado sob alegação de que iria fazer uma palestra. Segundo a polícia ele usou dois revólveres, que chegou a recarregar várias vezes.

Funcionária viu crianças feridas

Uma funcionária da unidade afirmou que viu várias crianças feridas no local. “O cara entrou, foi para o terceiro andar e começou a atirar. As crianças disseram que foi pai de aluno. Vimos muitas crianças carregadas, desacordadas, baleadas”, disse ela, que preferiu não se identificar.

“Começamos a ouvir tiros. Com o eco, parecia que uma coisa estava desabando. Todo mundo correu. Depois, a professora chegou dizendo que o cara chegou atirando em uma sala. Foi um desespero”, afirmou ela.

Secretária de Educação volta dos EUA

No Twitter, a secretária municipal da Educação do Rio de Janeiro, Claudia Costin, afirmou: “Estou pegando o primeiro avião de volta. Desmarquei a palestra de hoje e não vou ver minha neta.” Segundo o twitter da secretaria, ela está em Washington, nos Estados Unidos.      

Este conteúdo foi útil para você?

Sua avaliação é importante para entregarmos a melhor notícia

Siga-nos

Mais do Guiame

O Guiame utiliza cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar a sua experiência acordo com a nossa Politica de privacidade e, ao continuar navegando você concorda com essas condições