O Ministério Público de Minas entrou com uma ação civil pública contra o senador Clésio Andrade (PR-MG) por irregularidades no uso de R$ 59,6 milhões da CNT (Confederação Nacional dos Transportes) entre 2003 e 2004.
Andrade é presidente da CNT e já ocupava o cargo na época, quando também era vice de Aécio Neves (PSDB) no governo de Minas.
A ação, ajuizada na última semana no Tribunal de Justiça de Minas, pede a devolução total do valor aos cofres da CNT.
Pede ainda liminar para bloquear os bens do senador e da diretora-financeira da CNT responsável pelas operações, de acordo com o MP.
O promotor Eduardo Nepomuceno de Souza, que assina a ação, afirma que a CNT repassou recursos do Sest (Serviço Social do Transporte) e do Senat (Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte) a dois institutos que não prestaram os serviços previstos.
"[As entidades] receberam verbas vindas de contribuições sindicais compulsórias, dinheiro dos trabalhadores. E não usaram esse dinheiro em serviços", disse à Folha.
O promotor diz ainda que o foro privilegiado garantido a congressistas não se aplica nesse processo. "Ele já é processado pelo Ministério Público Federal por esse caso na esfera penal. Nossa ação é civil e o foro privilegiado não inclui a esfera civil", falou.
A Folha procurou o senador, mas sua assessoria informou que ninguém comentará o caso por enquanto.
Por Rafael Veleda
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