O Ministério Público vai acompanhar as investigações da Polícia Civil de Santana de Parnaíba, na Grande São Paulo, sobre o caso Vanessa Duarte, informou nesta quarta-feira (16) a assessoria de imprensa do órgão.
A Procuradoria Geral de Justiça de SP designou na terça-feira (15) à tarde a promotora Ruth Katerine Anderson Pinheiro para participar da apuração que busca esclarecer o assassinato da supervisora de vendas Vanessa de Vasconcelos Duarte.
A mulher de 25 anos, que havia desaparecido no sábado (12), após sair de carro de Barueri, foi encontrada morta no domingo (13) numa área de mata em Vargem Grande Paulista. O corpo dela estava distante 7 quilômetros do veículo que ela usava. O automóvel havia sido achado no mesmo dia do sumiço.
De acordo com o delegado Zacarias Tadros, do Setor de Homicídios e Proteção à Pessoa, que investiga o crime, Vanessa teria sido morta por pelo menos dois homens. Um deles conheceria a vítima.
O retrato falado dos suspeitos já foi elaborado a partir do depoimento de testemunhas, mas apenas um deles acabou divulgado na terça. Trata-se de um homem aparentemente negro, com cabelos curtos. Ele teria seguido o carro usado pela vendedora, um Fiesta prata que pertence ao noivo dela, Luiz Vanderlei de Oliveira, de 34 anos, até Vargem Grande.
O retrato falado do segundo suspeito é mantido sob sigilo porque sua divulgação poderia atrapalhar as investigações nesse momento, segundo a polícia. Esse outro homem teria um sinal particular no corpo que pode ajudar a identificá-lo, de acordo com o delegado Tadros.
Além disso, os peritos e a polícia já estariam de posse das imagens gravadas pelo circuito de monitoramento de segurança de casas próximas e ruas próximas ao local onde Vanessa despareceu no dia 12. Segundo investigadores as cenas mostram a vítima com mais duas pessoas dentro do Fiesta. As imagens, no entanto, também não foram divulgadas.
Vanessa sumiu no último sábado, quando deixou a casa onde morava com o noivo, em Barueri. Ela seguiria para Carapicuíba, onde pegaria mais três amigas. Todas iriam participar de um curso de maquiagem na capital paulista. O sumiço da vendedora teria ocorrido pela manhã, entre 8h30 e 9h, de acordo com análises preliminares da perícia. Ainda, de acordo com a investigação, a vítima teria sido pega pelos criminosos nesse intervalo de tempo após sair da residência.
Segundo as amigas de Vanessa, o telefone dela estava na caixa-postal naquele sábado. Depois, uma testemunha informou ter visto o Fiesta abandonado em Vargem Grande e ligou para a Polícia Militar. Segundo dois boletins de ocorrência registrados sobre o caso, parentes da vendedora, dois policiais militares conhecidos da família da mulher, um motoboy e o noivo da irmã dela ajudaram nas buscas até achar o corpo da vítima.
O corpo de Vanessa estava seminu, com marcas de violência, num barranco em Vargem Grande. Existe a suspeita de que ela tenha sido estuprada porque foram achados preservativos no local. O material foi levado para testes pelos peritos.
Vanessa teria sido morta por asfixia. O laudo do Instituto Médico Legal (IML) com a causa da morte ainda não ficou pronto. Para o delegado Tadros, a vendedora tentou se defender dos criminosos e foi morta por alguém que a conhecia. A hipótese de seqüestro relâmpago está perdendo força, disse Tadros na terça. Segundo ele, apesar de os criminosos terem levado a bolsa e celular da vítima, nenhum saque foi realizado até momento.
Resta saber quem são os assassinos e a motivação para o crime. Por esse motivo, foram pedidas as quebras dos sigilos telefônico e bancário da vítima e de pessoas ligadas a ela. Também será periciado o computador de Vanessa para saber com quem ela se relacionava.
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