Moradores alugam imóveis em áreas invadidas em Fortaleza

Moradores alugam imóveis em áreas invadidas em Fortaleza

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 09:27

Ruas no entorno do Rio Maranguapinho são alagadas durante período

de chuvas. (Foto: Rodrigo Carvalho/Agência Diário)

  A Secretaria das Cidades do Ceará denuncia moradores que oferecem aluguéis de imóveis em terrenos invadidos, nas margens do Rio Maranguapinho, periferia de Fortaleza. De acordo com a pasta, pelo menos 20 pessoas fazem o aluguel de forma irregular.

Os imóveis estão às margens do rio, em área considerada de risco, e os proprietários não têm termo de posse das terras, e por isso não poderiam alugar as casas, segundo a assessoria de comunicação da pasta. A mensalidade custa entre R$ 50 e R$ 200, segundo a secretaria, com base em valores de 2008.

A moradora da região Zélia Oliveira diz que tem 30 casas e um prédio de dois andares no local, todos alugados. Zélia defende que as propriedades não estão instaladas em áreas de risco, como alega o Governo do Estado. “Eu comprei as casas de papelão e construí casas de tijolo em terreno mais recuado. Lá não alaga”, diz.     O Governo do Estado imitiu carta aos moradores da região para comparecer à sede da Secretaria das Cidades na segunda-feira (19) para negociarem valores de indenização para famílias que serão desapropriadas. “Já estão me dizendo que o valor da indenização é muito baixo, menor que o valor do real do imóvel”, diz a moradora.

Os locais que serão desapropriados ainda não foram definidos. O Governo do Estado anunciou obras de reassentamento próximas ao rio para servir de moradia a pessoas que moram em áreas consideradas de risco.

Projeto

A obra prevê investimento de R$ 8,3 milhões, vindos do Tesouro do Estado e da

Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece). O projeto Rio Maranguapinho é uma ação dos governos federal e estadual para melhorar a moradia das famílias que residem na faixa de alagamento do rio, em situação de alto risco, segundo a secretaria.

O Governo do Estado diz que cerca de 350 mil residentes da Bacia do Rio Maranguapinho serão beneficiados com as obras, que receberão casas em locais seguros, de acordo com a secretaria. Os moradores devem ser remanejados para o conjunto Tatu Mundê, construído pela Prefeitura de Fortaleza, e para os residencias Miguel Arrais e Rachel de Queiroz, que estão sendo construídos pelo Governo do Estado. A previsão para de entrega dos residenciais é 2012.          

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