Moradores de SP temem ação de traficantes em bailes funk

Moradores de SP temem ação de traficantes em bailes funk

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 09:38

Moradores de São Mateus, na Zona Leste, temem a ação de traficantes de drogas nos bailes funk que acontecem nos fins de semana, no meio da Rua Miguel Ferreira Mello. Os transtornos causados por esses bailes foram mostrados pelo SPTV no dia 10 de junho.

A polícia prometeu aumentar a fiscalização. Horas depois da declaração, no mesmo dia, o baile estava acontecendo novamente. Com menos movimento, mas com muita gente na rua e nenhum policiamento.

Nas festas é possível encontrar de tudo. Cápsulas de cocaína, frascos de lança-perfume. As embalagens da droga foram recolhidas no meio da rua pelos moradores depois do "batidão". Uma mulher que tem medo de se identificar conta que todo fim de semana é a mesma coisa.

“De dia é uma maravilha. Só a sexta-feira que é um pesadelo. Aí tem de tudo, de tudo o que se procurar. A gente tem criança em casa, o maior medo é que aconteça coisa pior. Isso é o pior de tudo e tudo por causa da maldita droga.”     Os traficantes agem no meio das festas improvisadas. “Você não consegue dormir direito, não consegue nada. Você está cansado e a PM não faz nada. Eles não passam no meio do baile, é uma vez ou outra. Eles fazem o desvio como se não estivessem vendo nada”, relata uma moradora.

A PM diz que faz ações planejadas, chegando no local antes das pessoas se reunirem para o baile. A polícia diz que tem recebido a comunidade e que, desde sexta-feira (10), tem feito ação específica de presença na região com viaturas da Força Tática e rondas.

Os adolescentes do bairro dizem que os “pancadões” às sextas-feiras são as únicas opções de lazer. “A gente tinha uma média de 80 meninos e hoje trabalhamos com 40 [nas atividades no campo de futebol]. A maioria aderiu droga, esse tipo de coisa. É complicado”, conta o professor de futebol Marcos Daniel dos Santos.

Um menino de 15 anos diz que vai aos bailes porque é a única coisa que tem para fazer à noite. “Eu vou toda sexta-feira porque é muito legal e não tem outro lugar aqui. Não tem uma quadra a noite, não tem sorveteria, nem todo mundo tem dinheiro para ir pra longe. Tem muita droga, bebida e prostituição.”

Sobre as opções de lazer, a Prefeitura de São Paulo disse, em nota, que na região existem cinco clubes-escolas e que eles funcionam durante a semana das 7h às 22h. A programação é aberta para os alunos e também para a comunidade. Informou ainda que existem 13 clubes da comunidade, campos de futebol, apresentações e shows nos terminais de ônibus. Nove parques lineares devem ser implantados na região.          

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