Moradores prestam queixa após morte de 15 gatos em condomínio

Moradores prestam queixa após morte de 15 gatos em condomínio

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 09:20

Animais apareceram mortos dentro do condomínio

Moradas do Parque, no bairro do Imbuí

(Foto: Márcio Vinhas Barretto/Arquivo Pessoal) Moradores do bairro do Imbuí, em Salvador, prestaram queixa na polícia sobre a morte de 15 gatos entre sábado (19) e domingo (20), no condomínio residencial Moradas do Parque. A denúncia do crime, registrada na 9ª Delegacia, na Boca do Rio, aponta a suspeita de envenenamento dos animais com chumbinho, produto utilizado para ratos.

“Eles vivam na área interna, no fundo do condomínio, não incomodavam ninguém. Cinco morreram no sábado e dez no domingo”, conta Márcio Vinhas Barreto, de 36 anos, advogado e morador do condomínio. Márcio conta que apenas um gato filhote sobreviveu. Segundo ele, algumas moradoras cuidavam dos animais dando comida e água diariamente.

Os corpos de dois dos animais foram enviados para realização de necropsia em uma clínica veterinária. O custo de R$ 780 do exame será dividido entre os moradores. O condomínio tem dez mil metros e 96 apartamentos, distribuídos em duas torres. Ainda de acordo com o advogado, algumas pessoas já haviam expressado insatisfação pela presença dos gatos. “Alguns chegaram a ameaçar, dizendo que se dependesse da vontade, colocaria chumbinho”, relata. O advogado espera o resultado da necropsia, previsto para sair em dez dias, para denunciar o caso ao Ministério Público, através da Promotoria do Meio Ambiente.

Envenenamento

A ambientalista Telma Lobão comenta que as características do caso levam a crer que realmente os animais tenham sido envenenado com chumbinho. "Os animais ficam complemente duros, como uma pedra, e soltam muita espuma pela boca. Eles morreram na área onde costumavam ficar, porque não dá nem para ir para muito longe", conta ela, que também é engenheira agrônoma.

Telma alerta que a comercialização irrestrita do chumbinho propicia crimes contra animais. Apesar da produção ser clandestina, ela afirma que o veneno é barato e fácil de ser achado. "Aqui em Salvador, qualquer um consegue comprar por preços que variam em torno de R$ 7", diz.

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