Morreu na manha desta segunda-feira (24) a idosa de 75 anos que precisou entrar na Justiça para conseguir uma vaga em uma UTI no Rio. Eda Nascimento de Aquino estava internada desde o domingo (23) no Hospital municipal Miguel Couto, no Leblon, na Zona Sul. A informação foi confirmada pela Secretaria municipal de Saúde.
A causa da morte ainda não foi divulgada. O corpo da idosa permanece no hospital.
Idosa sentia dores no abdômen
A idosa passou a sentir dores fortes no abdômen no início de outubro. A busca por assistência médica começou em Mesquita, na Baixada Fluminense, cidade onde mora a família.
"Começamos a peregrinação com ela, até que fomos em UPAs, fomos em hospitais, não tinha vaga", disse o filho da idosa, Aldecir Aquino.
No dia 18, ela foi internada na Santa Casa, no Centro do Rio, onde os médicos informaram que seu estado de saúde era grave e que ela precisava de um atendimento adequado em outra unidade que tivesse um UTI. Segundo a família, o hospital tentou um leito na central de regulação, mas não obteve sucesso.
Os familiares da idosa chegaram a procurar três vezes a Justiça para conseguir sua transferência para um hospital com UTI, mas a decisão só foi cumprida na manhã de domingo (23), quando ela foi transferida para o Hospital Miguel Couto, na Gávea, na Zona Sul.
A direção do Miguel Couto informou que a Central de Regulação Municipal só recebeu o pedido de vaga no domingo. Em menos de 24h, a paciente foi transferida para a unidade, onde foi submetida a uma cirurgia para tratamento de perfuração intestinal.
De acordo com a Secretaria de Saúde, existe uma fila para a ocupação de leitos de UTI, independentemente da existência de mandado judicial e a ocupação é definida por critérios técnicos e organizada pela central de regulação. Ainda segundo a secretaria, há um número limite desses leitos na rede e a fila tem que ser respeitada.
Jovem peregrinou por hospitais
Em setembro, o jovem Gabriel Santos de Sales morreu depois de percorrer cinco hospitais da Baixada Fluminense e do Rio de Janeiro para conseguir atendimento médico. Ele chegou a ser internado no Hospital Salgado Filho, no Méier, na Zona Norte. Gabriel morreu dez dias depois de conseguir a internação.
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