Mudanças no tempo influenciam na qualidade do ar

Mudanças no tempo influenciam na qualidade do ar

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 09:48

No inverno, o período mais crítico e seco do ano, a concentração de poluição aumenta, diferente do verão, onde a chuva ajuda a melhorar a qualidade do ar. Chuva, sol e vento têm tudo a ver com poluição e influenciam nas condições meteorológicas.

Apesar de São Paulo sofrer com os poluentes, a cidade ainda não chegou no pior nível. Isso porque a capital fica em um planalto. De um lado fica a Serra do Mar, que não impede que os ventos do litoral cheguem à cidade. Do outro, o interior, onde o relevo não compromete a circulação dos ventos que levam a poluição embora.

A chuva e umidade típica do litoral trazem vantagens para São Paulo. Elas lavam a atmosfera, impedindo que os poluentes fiquem parados, concentrados em cima da cidade. “Dependendo da condição do tempo você tem melhor ventilação da atmosfera, movimentos mais intensos que vão permitir que a quantidade de poluentes que foram injetados no ar seja rapidamente transportada para longe da cidade”, diz Saulo Freitas, físico especialista em poluição do ar do Cptec/Inpe.

Nem sempre a força da natureza consegue limpar a sujeira feita pelo homem. No verão chuvoso, a qualidade do ar fica um pouco melhor. “Com as formações de nuvens, os poluentes são rapidamente removidos da atmosfera”, completa Freitas. No inverno, a secura toma conta e a poluição se intensifica. Nos meses de junho até o começo de setembro, quase não há chuva e a quantidade de vento nem sempre é suficiente.

Poluição da capital vai para outras cidades

A poluição que é "produzida" na capital paulista é levada para outras cidades. Segundo o meteorologista da Central de Gerenciamento de Emergências (CGE), Adilson Nazário, chuva e o vento ajudam a dissipar a poluição de São Paulo. “A dissipação vai ocorrer, é claro, a melhor maneira seria a chuva. Ela vai derrubar todo esse material particulado que está em suspensão fazendo com que a atmosfera fique limpa. O vento também é um bom dissipador da poluição. Ele transporta pra outras cidades esse material que está concentrado sobre determinada cidade, levando para outros locais onde até não tem poluição.”

Essa dissipação ocorre, por exemplo, em Embu, na região metropolitana de São Paulo. O vento leva os gases poluentes para a cidade, o que justifica a grande concentração de ozônio. Em áreas verdes ou cidades vizinhas onde a circulação de veículos é menor, o ozônio carregado da cidade de São Paulo pelas correntes de vento encontra um lar.

O respirômetro esteve em Embu e a medição apontou que a cidade estava, às 12h20, com 78.9 mg/m³ de concentração de ozônio. A medição é considerada boa, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), que considera 100 mg/m³ por um período de oito horas.      

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