A candidata a presidente da República pelo PT, Dilma Rousseff, classificou nesta quarta (7) como "muito barulho por nada" o episódio em que assinou sem ler o programa de governo registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) na última segunda-feira. No mesmo dia, o PT trocou o programa por outro, que excluía questões polêmicas, como taxação de fortunas, controle social da mídia, entre outros itens.
Durante entrevista na sede do Instituto Bacarelli, entidade que ensina música erudita para crianças pobres da periferia de São Paulo, ela respondeu ao adversário José Serra (PSDB) , que a criticou por ter assinado o texto sem leitura prévia.
"Não somos perfeitos. Nós erramos. Não me consta que o partido adversário não erre. Até porque, em matéria de erro, eu acho que eles cometeram muito mais até agora", afirmou.
A candidata afirmou que rubricou os papéis em um momento no qual embarcava para uma viagem. "Me pediram uma rubrica, eu estava embarcando para viajar, E rubricar é rubricar. Rubriquei todos os documentos, os meus documentos pessoais, que são os mais importantes, e foi rubricado junto", declarou.
Segundo ela, o equívoco foi corrigido assim que foi identificado. "Nós percebemos o erro e, antes de esgotado o prazo legal, comunicamos o tribunal e trocamos. O resto é tentativa de distorcer uma realidade desnecessariamente", disse.
Ela afirmou que o texto do programa deverá sofrer novas alterações, depois que os partidos coligados (PC do B, PDT, PRB, PSC, PSB, PTC, PTN, PR e PMDB) discutirem os próprios planos de governo e formarem um consenso acerca de um texto comum.
Bolsa Família
.Dilma defendeu a ampliação do programa Bolsa Família para todos os que precisarem do benefício. "Não se trata de duplicar, triplicar ou aumentar em 50%. O objetivo do Bolsa Família não é eleitoral", afirmou.
A petista acrescentou que a questão social não deve ser tratada como "apêndice" ou "anexo" de programa de governo. "Não é um colorido, uma carta que você escreve se comprometendo. É o próprio programa de governo, é o cerne, a alma dele".
Dinheiro
Questionada sobre o fato de possuir R$ 113 mil em espécie - quantia que consta na declaração de bens que a petista apresentou ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) - Dilma respondeu que não há nada de ilegal nisso. "Este ano, [a quantia] vai tomar outro rumo. Cada um de acordo com as suas posses. As minhas não são muitas", respondeu.
O candidato ao governo de São Paulo, Aloizio Mercadante, a ex-prefeita Marta Suplicy (PT) e o vereador Netinho de Paula (PC do B), candidatos ao Senado, acompanharam Dilma na visita ao instituto. Ela assistiu à apresentação de um coral e da orquestra juvenil da entidade. No início da tarde, a petista se reuniu com líderes comunitários em Heliópolis.
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