Mulher ferida em sequestro de ônibus no RJ deixa CTI, diz secretaria

Mulher ferida em sequestro de ônibus no RJ deixa CTI, diz secretaria

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 09:29

A mulher, de 46 anos, que foi baleada no tórax durante o sequestro a um ônibus , no dia 9 de agosto, deixou o CTI  do Hospital Souza Aguiar, no Centro, nesta terça-feira (30). A informação foi divulgada pela Secretaria municipal de Saúde, nesta quarta-feira (31). A paciente está lúcida e seu quadro de saúde é considerado estável. Ela segue sem previsão de alta. 

Outro ferido durante o sequestro foi um policial militar, atingido na perna. Procurada pelo G1 , a assessoria da PM informou que vai apurar o estado de saúde dele. Outras duas pessoas também feridas já receberam alta. Uma mulher, de 30 anos, ferida de raspão na coxa foi transferida para o Hospital de Clínicas da Penha, na Zona Norte. A unidade disse que não está autorizada a dar informações sobre a paciente.

Um grupo fez passageiros de um coletivo reféns na noite do dia 9, na Avenida Presidente Vargas, no Centro, por cerca de uma hora. Dois suspeitos do crime foram presos. Eles tiveram a prisão preventiva decretada. No sábado (13), outro homem, que também chegou a ser preso sob suspeita de participação no sequestro, foi solto após a Justiça decretar seu relaxamento de prisão. Segundo a delegada Sania Burlandi, da 6ª DP, ele é sobrinho do traficante Fernandinho Beira-Mar . Um quarto suspeito também teve a prisão preventiva decretada.

Avenida Presidente Vargas ficou interditada por causa do crime (Foto: Marcos de Paula /Agência Estado/ AE)

  Foram feitos pelos menos 21 disparos, diz perito

Após analisar as imagens feitas pela TV Globo do sequestro do ônibus , o perito em criminalística Mauro Ricart, afirmou, na quinta-feira (11), que foram feitos pelo menos 21 disparos durante a ação. Segundo ele, esse número pode ser maior.

Em depoimento, os dois policiais militares que assumiram a responsabilidade pelos disparos afirmaram que atiraram 15 vezes. Eles entregaram as armas e respondem por lesão corporal.

Além das armas dos policiais, a polícia apreendeu três pistolas, que estavam com os criminosos. Para o perito Mauro Ricart, as armas de todos os policiais que participaram da ação deveriam ser recolhidas.

Um cabo do 5º BPM (Praça da Harmonia) disse à polícia que fez quatro disparos em direção aos pneus traseiros do ônibus. Já um soldado, também do 5º BPM, revelou em depoimento que atirou 11 vezes na direção dos pneus. Na manhã de quinta-feira, a delegada Sania Burlandi, da 6ª DP (Cidade Nova), descartou a possibilidade de algum tiro ter sido disparado de dentro do ônibus.

Laudo do ICCE

Um laudo do Instituto de Criminalistica Carlos Éboli apontou que foram feitos 14 disparos e todos foram feitos de fora para dentro do ônibus. A perícia mostrou, ainda, que há possibilidade do ônibus ter sido atingido por tiros de armas de calibres diferentes.

Na quarta-feira (10), o comandante da Polícia Militar, coronel Mário Sérgio Duarte, admitiu que houve erro dos policiais que atiraram contra o ônibus, mas disse também que há indícios de que um dos disparos tenha sido feito por criminoso. “Nós sabemos que não podemos atirar, salvo em legítima defesa”, disse o comandante.          

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