Índice de acidentes cai 28% no feriado do dia do Trabalho nas estradas do Estado de São Paulo

Índice de acidentes cai 28% no feriado do dia do Trabalho nas estradas do Estado de São Paulo

Fonte: Atualizado: sábado, 29 de março de 2014 às 03:30

O índice de acidentes nas estradas paulistas, cálculo feito em cima dos números de acidentes, veículos em circulação e período, caiu 28% neste feriado de dia do Trabalho em comparação ao feriado do ano anterior. O índice de acidentes (IA) do último feriado foi de 1, contra 1,4 em 2008. O índice de vítimas fatais, nos 22 mil km de estradas estaduais, registrou uma diminuição de 5,4, para 4,5, de uma operação para outra, uma queda de 16%. O índice de vítimas feridas diminuiu de 65,8 para 59,2, de um ano para o outro, uma queda de 10%.

Para esclarecer melhor, o índice de acidentes (IA) não é o número absoluto de acidentes nas estradas. Ele é calculado levando-se em consideração, além dos dados quantitativos, a extensão das rodovias, o volume diário médio de veículos (VDM) nas estradas e o período analisado. Essa metodologia, que começou a ser discutida no Brasil na década de 1970, é necessária para que haja uma comparação tecnicamente correta, já que há vários fatores que determinam se o final de semana foi mais ou menos violento. No caso do feriado de dia do Trabalho, o índice é útil para que se possa fazer uma comparação entre 2008, quando o feriado foi de quatro dias, e 2009, quando o feriado foi de três dias.

Apenas a título de informação, neste feriado, em números absolutos: foram 816 acidentes, 38 mortos e 497 feridos.

Reforço nos recursos operacionais e fiscalização mais rigorosa

Várias medidas para manter as estradas seguras foram realizadas pelos órgãos das Secretarias estaduais dos Transportes e da Segurança Pública na chamada “Operação Dia do Trabalho”. O esforço mútuo do Departamento de Estradas de Rodagem - DER, Dersa Desenvolvimento Rodoviário, de treze concessionárias de estradas, que envolveu 2.200 profissionais, além de quatro mil homens do policiamento rodoviário, órgão especializado da Polícia Militar do Estado, foi primordial para o sucesso da Operação. Esses tiveram ainda o apoio de outros órgãos da PM, incluindo as unidades responsáveis pelo policiamento urbano às margens das rodovias, as unidades do policiamento de choque e o Grupamento de Radiopatrulha Aérea da Polícia Militar do Estado de São Paulo.

Em relação à fiscalização por parte dos policiais militares rodoviários nas estradas paulistas, houve intensificação no controle rígido de alcoolemia, de velocidade e na fiscalização de motocicletas, além de outros enfoques abrangidos durante a abordagem de veículos e motoristas.

Foram lavradas 11.475 autuações por infrações de trânsito diversas em todo o Estado, sendo apreendidos 469 veículos, 222 carteiras de habilitação e 2.048 documentos de veículos por irregularidades. Quanto às questões de controle de alcoolemia, foram registrados 49 casos de embriaguez. Já no aspecto da prevenção e repressão criminal, foram apreendidos, também nas estradas paulistas, 12 kg de cocaína, 9 mil kg de maconha e 5,4 kg de outras drogas como LSD e êxtase. Além disso, 25 criminosos foram presos em flagrante, 6 procurados pela justiça foram capturados, 2 armas foram apreendidas e 16 veículos foram recuperados.

Histórico e fórmula do índice

Os primeiros estudos para uma metodologia que pudesse efetivamente comparar os resultados de acidentes, baseando-se em quilômetros rodados, veículos em trânsito e acidentes, começaram em 1940 nos Estados Unidos e Europa. Em 1956, os estados americanos de Dakota do Sul, Virgínia e Texas começaram a usar esse tipo de índice. Internacionalmente, o índice é conhecido como "Accident rate method".  Além dos Estados Unidos, outros países como Áustria,  Dinamarca, França e  Alemanha adotam índices semelhantes.  No Brasil, a metodologia começou a ser discutida em 1974. Desde 2005, o Departamento de Estrada e Rodagem vem aprimorando o índice, inclusive com a ampliação e melhoramento dos equipamentos de contagem de veículos, possibilitando a divulgação precisa nos últimos anos.

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