Um protesto de motoristas de ônibus causava transtornos para passageiros em diversas regiões do Rio na manhã desta quinta-feira (8). O grupo prometeu parar por 24 horas. O sindicato da categoria garante que apenas uma pequena parte dos motoristas vai cruzar os braços, mas funcionários de uma viação da Zona Oeste confirmaram que pelo menos 10 veículos foram apedrejados e voltaram para a garagem. Vinte ônibus da viação Redentor, que atua na Zona Oeste do Rio, também foram depredados. Ás 7h40, segundo o Bom Dia Brasil, o número de ônibus atacados após a paralisação chegava a 50 no Rio.
Na Central do Brasil, no Centro do Rio, poucos ônibus passavam no começo da manhã, e muitos passageiros esperavam nos pontos.
O Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Ônibus do Rio de Janeiro afirma que dos 40 mil funcionários que representa, só 300 falam em paralisação. Mas, no fim da madrugada, um grupo já se reunia na porta de uma empresa de transporte, no Andaraí. Eles conversavam com quem chegava para trabalhar.
Na quarta-feira (7) à tarde, um grupo de rodoviários fez um protesto, no Centro do Rio. Segundo a PM, 300 pessoas participaram da passeata na Avenida Presidente Vargas. O grupo seguiu até a prefeitura. Os rodoviários protestaram contra o acordo fechado entre o sindicato dos motoristas e cobradores e as empresas de ônibus, que fixou aumento salarial de 10%. A categoria quer reajuste de 40%, R$ 400 de cesta básica, além do fim da dupla função de motorista e cobrador.
Segundo um funcionário da viação Jabour, em Senador Vasconcelos, cerca de 10 a 15 ônibus estão retornando para a garagem após serem apedrejados por rodoviários em greve. O funcionário disse que, neste momento, os veículos estão conseguindo sair, mas o clima ainda é tenso em frente à viação. A Polícia Militar acompanha o movimento.
De madrugada, vários passageiros reclamaram de demora na chegada dos ônibus. O sindicato, porém, garante que apenas uma pequena fração dos motoristas parou, como mostrou o Bom Dia Rio. Imagens do Globocop mostrou uma garagem de uma empresa lotada.
Na Rua Edgard Werneck, na altura da Cidade de Deus, Zona Oeste, motoristas fizeram uma espécie de barricada, dificultando a passagem dos carros na via. Em função disso, havia retenção na via por volta das 6h30. Imagens do Globocop mostraram um grupo de manifestantes ligados à paralisação conversava com motoristas numa via. Um dos motoristas estava sentado com os pés apoiados no que parecia ser uma lixeira.
Reforço nos trens, metrô e barcas
Devido à paralisação dos motoristas, a SuperVia informou que opera com toda capacidade, ou seja, 150 trens, e reforçou as equipes de atendimento nas principais estações. O Metrô Rio também colocou toda sua frota em operação, mas não está vendendo os bilhetes integração. As barcas também estão com reforço. Plataformas e estações de trem e metrô estavam lotadas pela manhã. Usuários do Metrô na Superfícia relataram falta de ônibus do serviço, principalmente na Zona Sul.
No terminal de Cascadura, no Subúrbio, muitas pessoas se aglomeravam para tentar entrar nos ônibus por volta das 6h20. No mesmo horário, uma multidão se concentrava na Central do Brasil, no Centro da Cidade, depois de desembarcar de trens e não conseguia embarcar em ônibus.
"Cheguei 4h e ainda estou aguardando. Vou para o Recreio e não tenho nem como avisar meu patrão", disse um passageiro, identificado como Nelson, ouvido pela equipe do telejornal. "É tumulto. Não conseguimos entrar no ônibus. Quebraram até os óculos de uma amiga. Se conseguirmos ônibus vamos para o trabalho. Saímos de casa de madrugada e estamos até agora esperando. Isso prejudica o lado da gente", acrescentou uma mulher. Outra passageira tinha uma consulta médica e, sem condução, contou que teria que caminhar por meia hora para não perder o atendimento.
Por volta das 7h, houve um princípio de desentendimento na Central e passageiros ameaçaram depredar um ônibus.
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