No segundo dia de chuva, pedidos de socorro aumentam na Defesa Civil

No segundo dia de chuva, pedidos de socorro aumentam na Defesa Civil

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 09:21

Área de casa destruída por conta do deslizamento de

terra no Centro Histórico (Foto: Imagem/TV Bahia) A Defesa Civil registrou 123 solicitações de emergência somente até as 9h16 desta quarta-feira (9). O número já é superior aos 102 casos contabilizados durante toda a terça-feira (8), primeiro dia de chuva forte na capital baiana.

Nesta quarta, uma casa desabou no Santo Antônio Além do Carmo, região do Centro Histórico. Segundo moradores, pelo menos três imóveis ruíram, mas o órgão ainda não emitiu levantamento oficial sobre a extensão do incidente. Não há informação de feridos. A população pode ligar para o número 199, de forma gratuita, para registrar a ocorrência. O plantão é de 24h.

A Defesa Civil revela que existem 540 áreas de risco e cerca de 2.100 pontos de risco na capital baiana. Entre os bairros mais críticos, estão Castelo Branco e São Caetano, além de São Marcos, Pau Miúdo, Engomadeira, Caixa D´Água, Santa Cruz, Uruguai, Canabrava, Barbalho, Calçada e Fazenda Grande. Segundo a Defesa Civil, esses bairros têm sido alvo de medidas de contenção realizadas durante todo o ano. De acordo com o sub-secretário para Assuntos da Defesa Civil Osny Bomfim, a prioridade nesse momento é atender os casos de deslizamento de terra e desabamento de imóvel, porque tem um potencial de dano alto.

Bomfim comenta que o índice de ocupações espontâneas e desordenadas na cidade, construídas sem regulamentação técnica, é muito grande na capital. “A gente está vendo que, quando vem chuva com intensidade, as vulnerabilidades aumentam exponencialmente e acontecem os desastres. Os pluviômetros da Defesa Civil espalhados pela cidade nos deram leitura de um pouco mais de 100 milímetros de chuva em 24h, índice considerado alto”, informa.

A economista aposentada Cândida Farani Dantas, de 61 anos, conta que acordou às 4h desta quarta-feira para começar a retirar a água que já invadia o quintal da sua casa, localizada no bairro Caminho de Areia, na região da Cidade Baixa. “Meu filho não pode trabalhar, porque não pode sair da garagem, a rua está toda alagada. A água invadiu a casa do vizinho toda. Aqui nós não jogamos lixo na rua, é que os bueiros estão cheio de areia, não são limpos. Eu pago IPTU e tenho direito de reclamar”, desabafa.

Em nota, a prefeitura de Salvador informou que o chefe da Casa Civil, João Leão, se reuniu na terça-feira com o ministro Fernando Bezerra, do Ministério da Integração Nacional, em Brasília, e pediu em caráter emergencial o valor de R$ 20 milhões para arcar com os prejuízos agravados pela chuva. Segundo a prefeitura, o plano de recuperação deve ser entregue para ser avaliado pelo governo federal em até uma semana.        

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