Novo comandante do Bope prevê treinamentos para jogos olímpicos

O novo comandante do Batalhão de Operações Especiais (Bope), tenente coronel Wilmam René Gonçalves Alonso, afirmou nesta terça-feira (28) que uma de suas prioridades durante a gestão é intensificar os programas de treinamentos para os jogos olímpicos de 2016.

“Os programas de treinamentos para as Olimpíadas são diferenciados porque trabalhamos no combate contra o terror, e em lugares com aglomeração de pessoas, como estádios e metrô, por exemplo”, disse ele, que assumiu o posto da instituição no lugar do coronel Paulo Henrique.

Segundo René, a intenção é promover, ainda, intercâmbios entre policiais do Bope e agentes que já tenham passado pela experiência de trabalhar em jogos olímpicos. “Os objetivos já estão definidos, vamos procurar fazer intercâmbio com policiais franceses que já passaram por eventos como esse”, acrescentou.

De acordo com o novo comandante do Bope, hoje o Batalhão conta com cerca de 400 homens. Apesar de ser um número satisfatório, a intenção é que mais policiais sejam preparados para entrar na corporação.

“Temos a intenção de chegar aos 800 homens. Vai ser fácil comandar o Batalhão porque aqui temos homens gabaritados para as operações”, afirmou René.

O tenente coronel assumiu o comando do Bope nesta terça, após uma cerimônia na sede do Batalhão de Operações Especiais, em Laranjeiras, na Zona Sul do Rio. Estavam presentes no local autoridades como o secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, e o comandande da Polícia Militar, Mário Sérgio Duarte.

Um mês de ocupação no Alemão

O secretário Beltrame comentou o primeiro mês de ocupação no Conjunto de Favelas do Alemão, na Zona Norte do Rio. “Na minha visão é cedo para fazer um balanço. Mas como a liberdade de ir e vir está garantida, e o território ocupado pelo estado, isso já é bom. Só que ainda tem muito pra ser feito. O exército e a PM estão trabalhando para isso”, disse.

Segundo o secretário, as gratificações de R$ 3 mil que serão dadas aos policiais que conseguirem reduzir o índice de crimes na região onde atuam são uma maneira de mantê-los motivados.

“Essa é uma ferramenta usada pela iniciativa privada, o estado precisava usá-la também. Todos trabalham com metas. Nossa obrigação é dar esses benefícios”, disse ele.