Não é só nos palanques e em entrevistas que os presidenciáveis devem ficar atentos para evitar gafes. Aos olhos dos eleitores, não escapa nenhum detalhe, muito menos quando se trata do visual dos pré-candidatos à Presidência. Pensando nisso, o R7 ouviu a personal stylist e consultora de imagem Sabina Donadelli, que apontou os erros e acertos nos guarda-roupas de Dilma Rousseff (PT), José Serra (PSDB) e Marina Silva (PV).
Segundo a especialista, os pré-candidatos devem ter sempre em mente qual imagem pretendem projetar. Sabina alerta, porém, que é um erro tentar ser o que não é - sob o risco de parecer forçado.
Ela lembra o que ocorreu com Geraldo Alckmin nas eleições municipais de 2008, quando o tucano foi derrotado por Gilberto Kassab (DEM), que foi reeleito prefeito de São Paulo.
''Um dos pontos que contribuíram muito para o Alckmin perder a eleição, na minha opinião, foi que tentaram dar uma imagem popular a um homem que é altamente sofisticado e elegante. Se ele tivesse preservado a elegância que tem, talvez ele tivesse se saído melhor''.
Dilma
Para a personal stylist, a ex-ministra acertou ao deixar de lado os terninhos e adotar blusas de tecidos fluídos e mais leves. Embora elegante, o tailleur não favorece as mulheres com estilo pessoal forte.
''Quando ela usa o terninho, ela passa uma imagem muito rígida, quase masculina. A Dilma tem um estilo mais esportivo, então ao usar roupas mais leves, com cores alegres, se aproxima mais do que ela realmente é e do que o eleitor dela gosta''.
Para Sabina, não adianta comparar a imagem de Dilma a do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, dono de um carisma incomparável.
''Carisma não é o ponto forte dela, mas ela tem outras qualidades que podem ser exploradas. Tem que destacar isso, porque ela não tem o carisma que o Lula tem''.
Serra
Adepto do estilo tradicional, fã das camisas de tom pastel, Serra deve tomar cuidado para não desleixar o visual com o objetivo de popularizar seu look.
''Quando a pessoa tem um estilo que não é trabalhado, isso pode acabar boicotando''.
Segundo Sabina, o tucano deve apostar no visual mais ''acolhedor'', abusar de peças em tom amarelo - que atraem a atenção e simpatia do eleitorado - e usar ternos com bom caimento, para não parecer "magro demais".
Marina
Ao contrário da pré-candidata petista, Marina pode abusar dos terninhos, ideais para ressaltar sua personalidade ''suave'', diz a personal stylist.
''Mesmo sem usar maquiagem, a Marina é naturalmente elegante. Mas ela deve fugir de peças em preto ou bege, que a deixam apagada''.
Para a especialista, a ex-ministra do Meio Ambiente não deve temer os acessórios étnicos - como colares de sementes brasileiras, por exemplo -, que conferem leveza ao visual clean da pré-candidata, adepta dos coques e rabos-de-cavalo.
Independentemente do estilo adotado, uma coisa é certa: mesmo com o pé na estrada, os candidatos não podem descuidar do visual durante a disputa.
''Ninguém gosta de gente mal arrumada e molambenta''.
Foto: R7
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