Jornalista Auro Ida foi assassinado no dia 22 em
Cuiabá. (Foto: Divulgação/Assessoria)
A Organização Repórteres sem Fronteiras, que luta pela liberdade de imprensa no mundo, divulgou nota de repúdio e cobrou da polícia celeridade nas investigações do assassinato do jornalista Auro Ida, de 53 anos, ocorrido na madrugada da última sexta-feira (22), em Cuiabá. Auro Ida foi morto com seis tiros que atingiram a cabeça e o tórax, em frente à casa da namorada dele.
Segundo a entidade, com o assassinato de Ida, subiu para quatro o número de profissionais da comunicação social que foram assassinados no Brasil apenas neste ano. Em nota, a organização solicita que a polícia não descarte das investigações a motivação do crime ligada à atividade jornalística. "O modo operatório do assassino se assemelha aos métodos do crime organizado, bem presente nessa região do país. A hipótese passional, embora não possa ser excluída, não pode por de parte a motivação ligada à atividade profissional", ressaltou a entidade. Auro Ida foi assassinado dentro do carro dele. O suspeito de matar o jornalista estava em uma bicicleta. Antes de atirar contra Ida, o suspeito pediu que a namorada do jornalista, que também estava no veículo, se afastasse do local. O suspeito está foragido e a Polícia Civil trabalha com a hipótese de crime passional.
Na noite desta segunda-feira (25), um homem de 19 anos, que reside no mesmo bairro em que o jornalista foi assassinado, foi detido e encaminhado à Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). O suspeito foi preso em frente à casa dele após uma denúncia anônima ter sido encaminhada à Polícia Civil.
O suspeito prestou depoimento à polícia, mas acabou liberado, porque não teve a voz foi reconhecida pela namorada de Ida. À Polícia Civil, a jovem disse que não chegou a ver o rosto do suspeito e apenas se recorda do timbre da voz do criminoso.
A namorada de Ida está sendo monitorada pela polícia por ser, até o momento, a única testemunha que presenciou o crime. O caso está sendo investigado por dois delegados e por um grupo de investigadores. A Polícia já requisitou à Justiça, a quebra dos sigilos bancário e telefônico do jornalista.
Polícia Federal
O Sindicato dos Jornalistas de Mato Grosso (Sindjor-MT) e a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) pediram a entrada da Polícia Federal na investigação do assassinato por conta da hipótese do crime ter sido uma retaliação ao exercício da atividade jornalística. O secretário de Segurança Pública, Diógenes Curado, informou, no entanto, que a competência para a investigação do caso é da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
O secretário também ressaltou que a greve dos investigadores e escrivães não vai atrapalhar as investigações, já que um grupo foi criado para, exclusivamente, dar andamento às investigações do assassinato do jornalista. fonte: G1
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