Maria Eduarda foi picada na mão
(Foto: Reprodução/ TV Morena) O pai de Maria Eduarda Rissi, de três anos, que morreu após ser picada por um escorpião na noite de quarta-feira (26), no Hospital Regional, em Campo Grande, reclamou ao G1 que acionou o Samu e pediu atendimento, mas não obteve o serviço.
A menina foi picada pelo animal na quarta-feira (26) e morreu no dia seguinte, no hospital. Segundo a assessoria da instituição, a causa da morte está sendo investigada e a mais provável pode ser envenenamento por animal peçonhento.
Eles disseram que não tinha nenhuma viatura disponível naquele momento, aí eu me desesperei porque não sabia como ia levar a minha filha até o hospital. Estava trabalhando longe de casa e saí correndo para tentar salvar a minha filha, contou Valmir Rissi José, na manhã desta sexta-feira (28). A última ligação do pai para o Samu foi registrada às 19h48. Como o Samu informou que não poderia atender, o avô levou a criança para a unidade de saúde. Ela foi transferida para o Hospital universitário e morreu na tarde de ontem (27), pouco mais de 18 horas após ser picada pelo animal.
A menina será sepultada nesta tarde. O pai lembrou que o aniversário da filha seria comemorado neste sábado (29). Já estava tudo pronto para fazer a festinha. Ela sempre perguntava quando seria o aniversário dela. Não consigo me conformar com o que aconteceu, disse o pai emocionado. Segundo informações da família, a criança estava na casa da avó quando foi picada pelo animal peçonhento. Ela estava brincando na varanda, quando foi pegar o sapatinho para mexer com uns bichinhos de luz. Só ouvi o grito dela e vi que ela jogou o sapatinho no chão. Acho que o escorpião estava lá dentro, contou a avó, Cleuza Rissi.
O Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) identificou como sendo o Tityus Serrulatus a espécie de escorpião que picou a menina. O biólogo Isaías Pinheiro explicou que o tipo mais comum de escorpião encontrado em Campo Grande é o Tityus Confluens, que dificilmente provocaria acidentes graves e é muito parecido com a outra espécie. Os dois têm a coloração amarela. O mais agressivo, o Tityus Serrulatus é maior e tem pequenas serras na cauda quase invisíveis a olho nu.
Valmir Rossi (dir), no velório da filha
(Foto: Tatiane Queiroz/ G1 MS) A bióloga Silvia Barbosa do Carmo, afirmou que a incidência de escorpiçãoes no bairro é comum, já que o local é propício para as espécies, pois fica próxima ao um córrego. Os escorpiões gostam de ambientes mais úmidos e geralmente ficam embaixo de tijolos, madeira e pedras, explicou ela.
A dona de casa, Mara Silva, de 45 anos, vizinha da família de Maria Eduarda, disse que nunca encontrou escorpiões dentro de casa. Já encontramos outros animais peçonhentos como cobras e até aranhas caranguejeiras, mas escorpiões, nunca encontramos.
Samu
A coordenação do Samu informou que os atendentes e a médica do serviço médico cumpriram todos os protocolos de atendimento determinados pelo Ministério da Saúde.
Eles informaram ainda que a médica responsável pela triagem de casos, conversou com o pai e orientou que ele levasse a menina para a unidade de saúde mais próxima. O médico e responsável clínico pelo Centro de Vigilância Toxicológica (Civitox), Sandro Benites, também afirmou que o atendimento foi feito dentro do protocolo.
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