Pai diz que médicos demoraram para dar soro
antiofídico para filho (Foto: Reprodução/ TV Morena) A família do rapaz de 27 anos, que morreu após ser picado por uma cobra peçonhenta em Campo Grande, acredita que houve demora e negligência no atendimento do filho. O pai da vítima, Milton Paulo de Souza, afirmou ao G1 que o filho foi levado para o hospital no início da madrugada de domingo (6), mas foi medicado com o soro antiofídico somente pela manhã, quase seis horas depois.
Segundo informações da família, o rapaz teria sido picado pelo animal peçonhento por volta das 17 horas (horário local) de sábado (5), durante um passeio em uma cachoeira. Segundo informações do pai, o rapaz foi levado para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Vila Almeida por volta das 19h30, e depois foi transferido para o Hospital Regional.
O Centro Integrado de Vigilância Toxicológica (Civitox), que foi acionado pelo hospital, confirmou que o rapaz tomou o soro antiofídico na manhã de domingo, após serem concluídos os exames médicos do paciente.
Ele chegou no hospital e tomou remédios para dor, depois passou por exames. Não entendi porque demoraram tanto para dar o soro antiofídico para o meu filho, indagou Sousa.
Sousa informou ainda que o filho era usuário de entorpecentes e, no dia do acidente, teria ingerido bebidas alcoólicas. Ele disse para os enfermeiros que ouviu o chocalho e depois sentiu a picada da cobra, mas eles não acharam o local da picada no corpo do meu filho. Acho que eles não acreditaram, ou não levaram a sério, afirmou o pai.
De acordo com o médico e coordenador do Civitox, Sandro Benites, nos casos de picadas de animais peçonhentos, o resultado é melhor e as chances de salvar o paciente são maiores quando a soroterapia é aplicada mais rapidamente. A direção geral do Hospital Regional Rosa Pedrossian informou, em nota, que não houve omissão de socorro ao paciente, mas determinou a abertura de sindicância para averiguar as eventuais falhas técnicas ou administrativas no atendimento.
Cobra cascavel
O biólogo Isaías Pinheiro, do Civitox, informou ao G1 que a suspeita é de que a vítima tenha sido picada por uma cobra cascavel. O chocalho é típico desse tipo de serpente peçonheta. Além disso, a estação do ano em que estamos é propícia para o aumento da incidência desses animais, explicou o biólogo.
Ainda segundo Pinheiro, a cascavel é a cobra com o segundo veneno mais potente do estado. A toxicidade do veneno dela perde apenas para as corais verdadeiras, comentou o biólogo.
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