Um deputado norte-americano, que acompanha David Goldman, disse que o pai de Sean Goldman afirmou que irá levar o menino para os Estados Unidos assim que encontrá-lo. Nesta terça-feira (22), o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Gilmar Mendes, decidiu que a criança terá de ser entregue ao pai.
O argumento do ministro é que não cabe mais recurso contra a decisão do Tribunal Regional Federal (TRF), que havia concedido parecer favorável ao pai biológico.
Antes de saber da decisão da Justiça, a avó de Sean, Silvana Bianchi, escreveu uma carta ao presidente Lula.
Ela afirma que o menino, que é brasileiro nato, se tornou alvo de uma campanha internacional de níveis inacreditáveis. Diz ainda que tem formação que valoriza o papel da mãe e na ausência dela, a criação do neto é responsabilidade da avó e alega que Sean quer permanecer entre aqueles que lhe deram conforto com a morte da mãe.
Ela conclui a carta pedindo que o presidente Lula conceda uma audiência à família, em que ela entregará manifestações escritas por Sean dirigidas ao presidente.
Na semana passada, a Justiça Federal deu 48 horas para que o menino fosse entregue ao pai, mas a família brasileira conseguiu uma liminar no Supremo Tribunal Federal para manter Sean no Brasil até o julgamento do mérito da questão.
Essa é a liminar, que foi derrubada nesta terça-feira (22), depois de contestada tanto pela Advocacia Geral da União (AGU) quanto pelos advogados do pai, David Goldman.
Separação
Pai e filho estão separados há cinco anos, quando a mãe Bruna Bianchi veio para o Brasil, trouxe o menino e não voltou mais para os Estados Unidos. No Brasil ela se casou com o advogado João Paulo Lins e Silva.
Bruna morreu no ano passado, logo após dar à luz uma menina. Na época, a Justiça deu a guarda provisória do menino ao padrasto.
Desde que a decisão do STF foi anunciada havia a expectativa de que o pai de Sean falasse com a imprensa ou mesmo que ele fosse até o condomínio onde vive o menino. Mas ele apenas deu uma entrevista para uma televisão americana, com a qual ele tem um acordo.
Quem apareceu na porta do hotel onde David Goldman está hospedado foi um deputado norte-americano que acompanha o caso. Ele disse que o pai está muito preocupado com a possibilidade que a família brasileira continue impetrando alguma alternativa legal e essa batalha judicial em torno do menino não acabe.
David Goldman teria dito para o deputado que assim que estiver com o menino vai pegar o primeiro avião de volta aos Estados Unidos.
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