Pai vê assassina pegar 43 anos de prisão

Pai vê assassina pegar 43 anos de prisão

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 09:14

Luciene Reis Santana, assassina confessa da menina Lavínia Azeredo, 6 anos, foi condenada no final da noite de ontem a 43 anos de prisão pelo 4º Tribunal do Júri de Duque de Caxias. A sentença foi por crime triplamente qualificado, sequestro de incapaz por motivo torpe, seguido de homicídio e ocultação de cávader.

Durante o julgamento, o pai de Lavínia, Roni dos Santos de Oliveira, 31, tentou agredir Luciene, que matou a menina depois que os dois romperam relacionamento. Roni chamou-a de “monstro terrível”, aos gritos, e teve que ser contido por policiais, além de parentes. Ao final da sessão, a promotora do caso saiu aplaudida pela família da menina morta.

Lavínia foi encontrada morta no dia 2 de março do ano passado dentro de um quarto de hotel em Caxias, com o cadarço do tênis enroscado no pescoço, debaixo do colchão. Dez testemunhas foram ouvidas. Roni foi o penúltimo. Roni confirmou que Luciene teria feito ameaças de se matar caso eles não reatassem. “Ela não aceitava o fim do relacionamento, me ligava toda hora e me pedia dinheiro. Chegou a me ameaçar com uma faca e cortar os pulsos”. Ele disse que se desesperou ao ver que a filha não estava em casa na manhã após o crime: “Logo imaginei que tinha sido ela”, disse.

A mãe da menina, Andreia, foi a última a ser ouvida e relatou detalhes da noite do crime. Ela contou que não sabia do relacionamento do marido com a amante. Luciene não quis se pronunciar, mas já confessou o assassinato em depoimento à polícia.

O defensor de Luciene, Lelis Correa, disse que ela já sentou no banco dos réus com 30 anos de pena. ”Não havia como contestar”.

Homicídio por motivo torpe e meio cruel

Segundo a denúncia, o homicídio foi cometido por motivo torpe (sentimento de vingança pelo pai da vítima, que era amante de Luciene e terminara o relacionamento com ela) e com emprego de meio cruel (asfixia por estrangulamento).

Além disso, o crime contou com recursos que dificultaram a defesa da vítima, como dissimulação ao ocultar seu propósito homicida durante o período em que ficou com a menina em seu poder; ataque inesperado quando a vítima jamais poderia supor a brutal agressão; bem como ter impedido que a criança gritasse por socorro, envolvendo sua cabeça em toalha de forma a não ser ouvida por outras pessoas.

Funcionários do hotel reconheceram ontem a denunciada como a pessoa que ocupou quarto no dia 28 de fevereiro e tentou sair sem pagar a conta. Cerca de 100 pessoas acompanharam o julgamento.

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