País tem 42 juízes sob escolta policial, diz CNJ

País tem 42 juízes sob escolta policial, diz CNJ

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 09:31

Informações colhidas pelo CNJ (Conselho Nacional de Justiça) revelam que apenas 42 juízes brasileiros estão sob escolta policial, sendo que pelo menos 69 já foram ameaçados e 13 vivem em "situação de risco".

De acordo com a corregedora do conselho, ministra Eliana Calmon, o Judiciário está "cochilando" em garantir a segurança desses magistrados. No início da tarde desta sexta-feira, ela havia dito que pelo menos 87 juízes vivem sob ameaça no Brasil.

Posteriormente porém, o CNJ encaminhou à imprensa os números detalhados, separando entre "ameaçados", "sujeitos à situação de risco" e aqueles de fato "escoltados".

"Temos cochilado um pouco nas medidas de segurança dos juízes. Não se pode, por exemplo, ter uma vara tão forte e rigorosa, como a da magistrada assassinada, com um único juiz responsável", disse Eliana Calmon.

A ministra ainda afirmou que o Tribunal de Justiça do Rio já havia oferecido à Patrícia que ela mudasse de vara, mas ela negou a oferta. "Fui informada que ela sempre dizia que quem quer fazer algum mal não ameaça, simplesmente faz", disse.

PROTEÇÃO

Já o presidente da Associação dos Magistrados do Rio, Antônio Siqueira, afirmou que a juíza dispensou a segurança oferecida pelo Tribunal de Justiça.

Siqueira falou a jornalistas na cerimônia de troca de comando da Força de Pacificação do complexo de favelas do Alemão, na zona norte do Rio, onde conversou com o governador Sérgio Cabral (PMDB).

De acordo com o magistrado, Patrícia dispensou, em 2007, a segurança oferecida pelo tribunal aos juízes ameaçados. Ele disse que, na época, ela explicou que seu companheiro era policial e que ele se encarregaria de sua segurança. Para Siqueira, não houve falha do tribunal em fornecer proteção à magistrada.

Familiares da juíza   contestam   a versão. Segundo os parentes, Patrícia continuava recebendo ameaças e as relatava por meio de ofício ao TJ (Tribunal de Justiça do Rio).

"Ela tinha solicitado escolta e o pedido tinha sido negado. Houve negligência na segurança dela", afirmou a médica Mônica Lourival, prima da juíza.    

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