Passageiros de fretados reclamam de atraso na chegada ao trabalho

Passageiros de fretados reclamam de atraso na chegada ao trabalho

Fonte: Atualizado: sábado, 29 de março de 2014 às 03:29

Passageiros que utilizam o transporte coletivo privado reclamaram da nova Zona Máxima de Restrição de Fretamento (ZMRF), que passou a valer na manhã desta segunda-feira, 27 de julho, em São Paulo. Pessoas ouvidas pelo G1 disseram que a mudança, além de alterar os itinerários, provocou atraso de até 45 minutos na chegada ao trabalho.

A ZMRF limita a circulação de ônibus fretados em um minianel de 70 quilômetros quadrados de segunda a sexta-feira, das 5h às 21h. A área é limitada pela Marginal Pinheiros, Avenida Roque Petroni Jr., Avenida Vereador José Diniz, Avenida dos Bandeirantes, Avenida Professor Abraão de Morais, Avenida Ricardo Jafet, Avenida Tereza Cristina, Avenida do Estado, Rua Sérgio Tomás, Rua Marquês de São Vicente, Avenida Antártica, Avenida Sumaré, Avenida Paulo VI, Rua Teodoro Sampaio e Avenida Prudente de Morais.

Ao longo dessa região, a Prefeitura delimitou em 13 o número de bolsões de embarque e desembarque de passageiros. Em um dos mais movimentados, o da Avenida dos Bandeirantes - que, apesar do nome, está localizado na Rua Alvorada -, a fila de veículos fretados chegava a ocupar três quarteirões. "Fiquei vinte minutos só nessa confusão", reclamou a contadora Bianca Paulina, de 30 anos.

Vinda de Cotia, na Grande São Paulo, a mulher afirmou que terá de caminhas por cerca de 1 km para chegar ao trabalho. "Antes [da zona de restrição], ficava bem perto", acrescentou.

Além do desconforto de ter de ir a pé ao trabalho, a segurança também motivou reclamações por parte de passageiras. "Terei de caminhar mais 1 km de noite até o bolsão, quando sair do trabalho", disse a contadora.

Confusão

Muitos passageiros que desciam nos bolsões diziam-se confusos com a nova restrição. Um deles era o analista de sistemas Cleber Zorzi, de 32 anos. Precavido, imprimiu um mapa da região para facilitar a chegada ao trabalho. Isso, porém, não ajudou muito. "Trabalho no Brooklin e tenho que pegar um ônibus na [avenida] Santo Amaro", disse.

E não foram só os passageiros que se mostraram confusos com a medida. O motorista do fretado em que viajava o coordenador administrativo Daniel Carvalho, de 26 anos, se perdeu no trajeto até o bolsão localizado próximo à Estação Berrini da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos). "Ele levou duas multas por causa disso", lamentou.

A Secretaria Municipal de Transportes informou que, para evitar situações como essa, colocou 114 faixas pela cidade, distribuiu 50 mil folhetos explicativos e destacou uma equipe exclusiva para atender dúvidas sobre o fretamento (telefone gratuito 1188).  

Menos passageiros

A diminuição do número de passageiros utilizando os fretados chamou a atenção de quem usa esse tipo de transporte nesta segunda. "Desciam quatro pessoas na [Avenida] Faria Lima. Hoje, elas não vieram no ônibus", contou a assistente administrativa Lílian Moura, de 25 anos.

O abandono do transporte coletivo foi a opção mais levantada pelos passageiros ouvidos. "Se continuar assim, irei de carro", disse a tecnóloga financeira Débora Biazzin, de 27 anos. "Serão muitos carros a mais na rua".

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