Uma das pessoas que morreram após um ônibus desgovernado invadir a contramão e atingir a fachada de um hotel em Santa Bárbara DOeste, a 135 km de São Paulo, nesta terça-feira (15), ainda tentou escapar do veículo antes de ser atingida. O pastor Armando de Souza Gonzaga estava na calçada, ao lado de seu carro, aguardando um amigo que sairia do hotel, quando viu o ônibus. Ele tentou correr para a recepção, mas foi atingido, arrastado e parou debaixo do veículo. Ele havia trazido outros dois pastores para se hospedarem aqui, e ia levar outro embora. Ele se assustou com o ônibus e quis voltar para a recepção. Se ele tivesse ficado onde estava não teria sido atropelado, contou Carlos Kardec, gerente do hotel. É um horário de muito movimento, foi uma sorte que nenhum funcionário ou hóspede do hotel tenha sido atingido. Meu filho estava na sala de computador, o ônibus parou a um, dois metros dele.
Foi um hóspede do hotel que estava em seu quarto e desceu após ouvir o barulho da batida quem viu que o pastor havia sido atingido. Esse hóspede viu as folhas se mexendo e foi perceber que tinha uma pessoa ali. Ele [o pastor] estava consciente. O resgate veio, chegou a socorrê-lo, mas ele morreu, contou o gerente do estabelecimento.
O hotel fica na Avenida de Cillio, que tem apenas um sentido. Antes de atingir o estabelecimento, o ônibus bateu em carros e pelo menos uma moto. Outra pessoa também morreu e seis ficaram feridas. Segundo os funcionários do hotel, os passageiros do ônibus nada sofreram. Apenas a recepcionista, uma camareira e o filho do gerente com um amigo estavam na parte frontal do estabelecimento - nenhum deles ficou ferido.
Eles desceram e vieram aqui ligar para os parentes. Eu estava fechando a porta quando vi o ônibus vir com tudo e saí correndo para dentro do hotel. Na hora que vi já estava parado aqui na frente. Qualquer um podia ter sido atingido. Parecia que estavam derrubando o prédio, contou a recepcionista Marcela Leite, de 29 anos.
Com a colisão, a fachada e a cobertura da sacada do hotel, onde ficavam mesas utilizadas pelos hóspedes, caíram, assim como o letreiro principal. Por Deus não tinha ninguém ali, porque o normal é ter, contou o gerente. O estabelecimento chegou a ficar sem luz na terça, mas na manhã desta quarta-feira (16) funcionava normalmente. Estragou a fachada, mas não afetou a estrutura. Só um cano furou, mas não afetou o abastecimento, e a luz já voltou, contou Kardec, que aguardava a visita do seguro para avaliar os prejuízos.
Ainda não se sabe o que fez o motorista perder o controle do veículo.
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