O PDT, partido do prefeito de Campinas, Hélio de Oliveira Santos, o dr. Hélio, publicou nesta segunda-feira (20) uma carta aberta para defender uma professora que mobilizou estudantes para participarem de manifestação.
Os alunos da professora foram vistos uniformizados em frente à Câmara Municipal na última quarta-feira (15) durante a sessão em que os vereadores votaram um pedido de afastamento do prefeito. O grupo apoiava dr. Hélio.
A carta divulgada repudia a decisão da Diretoria Regional de Ensino da cidade, vinculada à Secretaria Estadual de Educação, que decidiu investigar a conduta da professora.
Segundo a nota do partido, assinada pela secretária da executiva municipal, Berenice Rosa Francisco, o PDT pagou o transporte dos alunos à Câmara "porque recebeu deles esse pedido".
"Não houve qualquer tipo de pressão ou coação. Todos participaram daquele ato por legítima vontade ou melhor: por legítima liberdade de expressão", segue a nota.
O partido afirma ainda que a saída da escola ocorreu fora do expediente normal das aulas desses alunos e que não houve prejuízo no aprendizado. Por isso, segundo o PDT, não se justifica a investigação da Diretoria Regional de Ensino.
A nota aproveita ainda para defender o prefeito, que estaria sendo "vítima de uma manobra política injusta que pretende tirá-lo do cargo". Dr. Hélio sofre um processo de cassação instaurado em 23 de maio a pedido do vereador Artur Orsi (PSDB).
De acordo com Orsi, o prefeito tem responsabilidade sobre ex-membros da administração acusados pelo Ministério Público de formação de quadrilha e corrupção.
Os promotores apuram fraudes em licitações da Sanasa (empresa mista de saneamento da cidade), que teriam sido comandadas pela mulher de dr. Hélio, a ex-chefe de Gabinete Rosely Nassim Santos.
Em nota, o PDT afirmou ainda esperar que, com o esclarecimento, "a Diretoria Regional de Ensino reveja a sua conduta e reconheça a importância de os estudantes e seus professores participarem da vida política em Campinas".
A Secretaria Estadual de Educação informou, por meio de assessoria de imprensa, que mantém o procedimento preliminar para apurar a conduta da docente e analisar as medidas cabíveis.
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