PDT cobra definição de Dilma sobre Ministério do Trabalho

PDT cobra definição de Dilma sobre Ministério do Trabalho

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 9:16

Daniel Aderaldo, iG Ceará

O novo líder do partido na Câmara, André Figueiredo, queixou-se que outras pastas tiveram substituições imediatas

 

 

O líder do PDT na Câmara, André Figueiredo

Foto: Divulgação

A demora da presidenta da República, Dilma Rousseff, para definir se o PDT irá ter de volta ou não o comando do Ministério do Trabalho está incomodando a cúpula da sigla.

 

Em entrevista ao iG, o novo líder do PDT na Câmara dos Deputados, André Figueiredo, cobrou um posicionamento do Palácio do Planalto e disse que o partido não exige cargos para permanecer na base de apoio.

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Passados mais de dois meses desde que o ex-ministro Carlos Lupi deixou o cargo sob várias acusações, a pasta segue comandada pelo interino Paulo Roberto Pinto. André Figueiredo comparou a situação do PDT com a de outros partidos da base que passaram pela mesma situação. Ele lembrou o caso recente do PP. O ex-ministro das Cidades, Mário Negromonte, foi substituído de imediato por Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), após entregar sua carta de demissão.

Figueiredo afirmou que o PDT admite abrir mão do comando da pasta e que não vai impor a Dilma um cargo no primeiro escalão como condição para continuar na base. Contudo, o pedetista disse que o PDT precisa de uma definição para ter clareza na definição dos trabalhos. Leia entrevista com Figueiredo:

iG - O PDT admite abrir mão do Ministério do Trabalho? André Figueiredo - O PDT não exige cargos para permanecer na base de apoio da presidenta Dilma. Qualquer outra função que eventualmente seja designada, nós podemos avaliar. A única coisa que o PDT quer da presidenta Dilma – e isso tem tido, até então – é respeito. Muito nos preocupa, por exemplo, vermos que outros partidos, ao terem seus ministros substituídos, de imediato o substituto seja apresentado e empossado. Com o PDT, está demorando muito tempo. Eu creio que está chegando o momento da presidenta definir. Cabe a ela definir: “queremos o PDT no governo? Queremos. Em que pasta?” Ela define a pasta, e nós discutimos a viabilidade ou não de participarmos do governo, mas não colocando em xeque a permanência na base. Ficamos na base.

iG - O senhor tem um palpite sobre o porquê dessa demora? Figueiredo - Eu não sei. Eu imaginava que seria a expectativa de se fazer uma reforma administrativa e, no bojo dessa reforma, o PDT seria chamado. Mas, com a substituição do ministro das Cidades, essa tese não mais prospera. Então, é algo que, com certeza, a presidenta vai ter que explicar. Quer dizer, ela não tem obrigação de explicar nada. A única coisa que a gente precisa da presidenta – volto a dizer – é a definição. “Olha, vou ficar com o interino mais um mês aí eu resolvo. Eu vou querer o PDT na base, mas não vai ocupar nenhum cargo”. Apenas queremos essa definição para ter clareza na condução dos trabalhos.

iG - Brizola Neto contou ao iG que Lupi já teria uma lista de ministeriáveis debatida com Dilma.
Figueiredo - Não houve preparação de nenhuma lista. Nós inclusive discutimos isso na última reunião não apenas com o diretório, mas executiva e bancada e ficou de forma consensual que não apresentaríamos nenhuma lista. Até porque seria precipitado. A presidenta ainda não chamou oficialmente o PDT para dizer se quer ou não o PDT em seu governo. Então, não existe lista.

iG - O senhor é um dos cotados para o cargo. Essa possibilidade é real?
Figueiredo - Ao ser eleito líder da bancada do PDT, deixei claro que a minha responsabilidade é na condução da bancada na Câmara dos Deputados. Então, meu nome não seria mais de um pretenso ministeriável.

iG- Mas o senhor tem preferência por alguém?
Figueiredo - Eu vejo como os dois nomes que talvez somem mais - não obstante respeitar o deputado Brizola Neto – mas, pela condução, talvez o secretário geral Manoel Dias. Aquele que tem um trânsito muito livre com todo PDT em todo Brasil e o deputado federal Vieira da Cunha do Rio Grande do Sul.
Quando se fala em nomes para ministérios sempre existem problemas de desagradar um ou desagradar outro. O PDT está unido. Eu não vejo o PDT como dividido. Mas quando se fala em nomes, alguns agradam mais a uns, outros agradam mais a outros. Eu vejo que, talvez, esses dois nomes tenham mais predileção.


 


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