Peritos examinam cães de suspeito de matar Eliza

Peritos examinam cães de suspeito de matar Eliza

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 10:18

Os cães recolhidos da casa do ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, em Vespasiano (MG), passaram por exames nesta quinta-feira (22). Eles estão no Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) de Belo Horizonte desde 7 de julho. De acordo com a Polícia Civil de Minas Gerais, uma equipe de peritos do Instituto de Criminalística (IC) esteve no abrigo canino, mas os tipos de exames realizados não foram divulgados.

A delegada Ana Maria dos Santos já havia dito que estudava a possibilidade técnica de encontrar restos mortais humanos nos cães. Em seu primeiro depoimento à polícia, no Rio de Janeiro, o menor que foi detido na casa do goleiro Bruno disse que viu uma mão da modelo ser jogada para cães.  A perícia não vai usar luminol, uma substância usada para detectar vestígios de sangue, nos cães que foram recolhidos da casa do ex-policial Marcos Aparecido dos Santos. A informação é do diretor do Instituto de Criminalística de Minas Gerais, Sérgio Ribeiro. Santos é suspeito de ter matado Eliza Samudio. Segundo a polícia, ele é conhecido pelos apelidos de Bola, Paulista e Neném.

Os animais foram recolhidos pela Vigilância Sanitária da Prefeitura de Vespasiano, e levados ao CCZ a pedido a Polícia Civil. Os cães estão juntos em um canil, isolados da convivência com os demais cães do centro. O órgão afirmou, em nota, que estão no canil oito animais da raça rottweiler, um sharpei e um vira-lata. Já policiais que estiveram no local disseram que foram retirados do imóvel dez cães da raça rottweiler (sendo quatro adultos e seis filhotes) e um vira-lata. Sem luminol

Na semana passada, o presidente do Instituto de Criminalística, Sérgio Ribeiro, descartou o uso de luminol (substância usada para detectar vestígios de sangue) nesses cães. Segundo Ribeiro, o luminol é um produto tóxico e os peritos que têm de usar máscaras e luvas quando usam a substância.

O veterinário Enrico Ortolani, professor titular da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade de São Paulo (USP), disse que, agora, é muito difícil identificar vestígios nos animais. “Não seria possível encontrar restos do corpo ou sangue de uma pessoa no organismo de um animal depois de tanto tempo. Um cão sadio, absolutamente normal, leva de dois a três dias para ter a carne consumida totalmente digerida”, disse ao G1 .

Entenda o caso

Nascida em Foz do Iguaçu (PR), Eliza Samudio se mudou para São Paulo e posteriormente para o Rio. Em 2009, teve um relacionamento com o goleiro Bruno, engravidou e afirmou que o pai de seu filho é o atleta. O bebê nasceu no início de 2010 e, agora, está com a mãe da jovem, em Mato Grosso do Sul.

A polícia mineira começou a investigar o sumiço de Eliza em 24 de junho, depois de receber denúncias de que uma mulher foi agredida e morta perto do sítio de Bruno, em Esmeraldas (MG). Os delegados já consideram Eliza morta.

Em 6 de julho, um menor foi detido na casa do jogador, no Rio, e afirmou à polícia que Eliza está morta. Ele disse que viajou do Rio para Minas Gerais com Eliza e Luiz Henrique Ferreira Romão, amigo de Bruno conhecido como Macarrão. De acordo com o adolescente, os três foram para o sítio do goleiro. Depois, seguiram até outro local, onde um homem identificado como Neném estrangulou a jovem.

Oito pessoas estão presas na Região Metropolitana de Belo Horizonte, por suspeita de envolvimento no desaparecimento da jovem, incluindo Bruno. Todos negam o crime.

No Rio, o goleiro e Macarrão são investigados por suspeita de participação no sequestro da jovem. Os dois também negam.

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