PF conclui interrogatórios de inquérito que investiga corrupção no DF

PF conclui interrogatórios de inquérito que investiga corrupção no DF

Fonte: Atualizado: sábado, 29 de março de 2014 às 03:26

A Polícia Federal conclui nesta terça-feira, dia 6, os interrogatórios da primeira fase do inquérito da Operação Caixa de Pandora que investiga um suposto esquema de corrupção no Distrito Federal. O relatório do delegado Alfredo Junqueira deve ser encaminhado na quinta-feira para o STJ (Superior Tribunal de Justiça) e o Ministério Público Federal.

A PF ouviu hoje Severo de Araujo Dias que foi apontado por Durval Barbosa, delator do esquema de arrecadação e pagamento de propina como "laranja" do ex-governador José Roberto Arruda (sem partido) na compra de um haras que teria custado R$ 492 mil.

Também foram interrogados o ex-chefe de gabinete de Arruda, Fábio Simão, acusado de ser operador do esquema e a deputada distrital Eurides Britto (PMDB), flagrada guardando dinheiro de suposta propina na bolsa.

A pedido do STJ e do Ministério Público, a Polícia Federal montou uma força-tarefa desde a semana passada com cinco delegados e cinco escrivães para tomar o depoimento de 42 pessoas. Segundo a PF, seis pessoas não foram localizadas e não receberam a convocação.

Ao longo dos depoimentos foram ouvidos Mariane Vicentine, ex-mulher de Arruda, o ex-deputado Pedro Passos e o empresário José Celso Gontijo, que chegaram a adiar a presença na Polícia Federal.

A expectativa era de que, com o fim dos depoimentos, Arruda, preso há 54 dias, fosse colocado em liberdade por não oferecer mais risco para a colheita de provas do inquérito. O cenário, no entanto, ainda é incerto porque Arruda ficou calado em seu depoimento, seguindo a orientação de seus advogados.

O ex-governador reclamava que ainda não tinha apresentado sua versão dos fatos em mais de 180 dias de investigação e que foi preso sem ser ouvido. A estratégia de Arruda foi seguida por diversos dos convocados.

Entre os que aceitaram falar sobre as denúncias, está o ex-deputado Leonardo Prudente (sem partido), que ficou conhecido por guardar dinheiro de suposta propina nas meias, foi um dos poucos que aceitou falar, mas negou envolvimento com o esquema e sustentou que a verba era caixa dois --dinheiro não declarado-- da campanha eleitoral de 2006.

Nos depoimentos, chamou atenção o fato de a PF ter ignorado durante depoimento de Brunelli o chamado vídeo da oração da propina, que foi protagonizado pelo ex-parlamentar em agradecimento a vida de Durval.

Por: Márcio Falcão

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