Pivô de episódio do suposto dossiê deixa campanha de Dilma.

Pivô de episódio do suposto dossiê deixa campanha de Dilma.

Fonte: Atualizado: sábado, 29 de março de 2014 às 03:24

Protagonista do noticiário sobre o suposto esquema de espionagem montado dentro da campanha presidencial da petista Dilma Rousseff, o jornalista Luiz Lanzetta nega ter contratado arapongas para montar um suposto dossiê contra o presidenciável tucano José Serra.

Em entrevista ao iG , disse que sua empresa foi procurada pelo delegado aposentado da Polícia Federal Onésimo Souza, que lhe ofereceu um pacote de serviços. Lanzetta afirmou que, diante das notícias veiculadas neste fim de semana, tomou a iniciativa de colocar seu cargo à disposição da campanha. "Mandei uma carta ao comando da campanha nesta madrugada abrindo mão do meu contrato", afirmou.

iG: O senhor confirma esse contato e oferta de valores ao delegado Onésimo?

Luiz Lanzetta: Confirmo o encontro, mas o resto é fantasia. Isso não existe, essas acusações de dossiê, contrato de arapongas. Foi uma reunião curta, nunca mais falei com esse delegado. Não comuniquei a ninguém sobre essa reunião. Eu me arrependo muito de ter ido a essa reunião, mas não me arrependo de nunca mais ter visto o doutor Onésimo. Foi isso que aconteceu, uma coisa aparentemente simples que quase virou um mito. Eles falaram, eu ouvi, não aceitei e me retirei em seguida desta reunião.

iG: E a oferta a eles?

LL: Eu não ofereci nada a eles, eles que nos procuraram, a empresa.

iG: Como foi a reunião ?

LL: Doutor Onésimo e o outro agente fizeram uma exposição, no restaurante em Brasília, sobre o que eles poderiam fazer a proposta os serviços. A gente saiu do restaurante, eu e as pessoas que estavam comigo, eu até me retirei antes até para dar como encerrado o assunto.

iG: Quem marcou o encontro?

LL: Não foi iniciativa minha, eles me chamaram para me mostrar uma coisa, uma proposta. Estão querendo dizer que eu combinei com a campanha, não houve nada da campanha. Foi iniciativa da minha empresa. Não tem nada a ver com a pré-campanha.

iG: Mas a empresa do senhor presta serviço para a pré-campanha.

LL: Não era negócio de campanha, era coisa da minha empresa. Eles tinham um portfólio de serviços. Ofereciam segurança de casa, rastreamento de telefones, eles começaram a apresentar mais coisas que eles poderiam fazer. Mais sobre a questão de espionagem, mas não era nosso caso lá (na campanha). Falou-se de custo de cada serviço de maneira geral. Eu agradeci, pedi licença e me retirei. Fui embora antes de todo mundo. Nunca mais os vi. Resolvemos que não era e não íamos fazer negócio com eles. Essa reunião começou a infernizar minha vida sem eu saber qual era a causa. Agora o doutor Onésimo vai usar os holofotes .

iG: O senhor disse que foram eles que ofereceram serviço. Qual foi o valor cobrado?

LL: Ah, não me lembro agora. Nós não aceitamos, não guardei exatamente os números.

iG: Mas por volta de quanto?

LL: Acho que foi R$ 160 mil um pacote. Mas nós não aceitamos.

iG: Quem os apresentou?

LL: Foi o jornalista Amauri Ribeiro.

iG: Qual passo vai tomar agora?

LL: Mandei uma mensagem (de texto no celular) nesta madrugada para o comando da campanha abrindo mão do meu contrato. Apenas comuniquei que não estou mais.

iG: E as acusações de montar um grupo para fabricação de dossiês contra adversários ?

LL: Isso não existe. A prova cabal disso são os depoimentos do agente e do delegado: eles não foram contratados

fonte: ig.com.br Andréia Sadi, iG Brasília

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