O candidato do PSOL à Presidência da República, Plínio de Arruda Sampaio, passou um pito na TV Globo, nesta quinta-feira, durante gravação da entrevista para o Jornal Nacional.
Revoltado com o tempo de apenas três minutos dado pela emissora para que ele pudesse apresentar suas propostas, o candidato resolveu protestar em rede nacional: A Globo inventou para o debate presidencial a classe executiva, com os candidatos chapa branca, e a classe econômica que não tem a bancada e os doze minutos, que serve apenas ao candidato do PSOL, afirmou.
O protesto do candidato foi exibido pela TV Globo como condição para que a entrevista fosse ao ar. O apresentador do Jornal Nacional, Willian Bonner, explicou que o candidato teve apenas três minutos porque não pontuou nas últimas pesquisas de intenção de voto.
O critério da TV Globo foi entrevistar na bancada do Jornal Nacional, em doze minutos, os candidatos de partidos com representação na Câmara que tenham ao menos 3% das intenções de voto nas pesquisas eleitorais, sem considerar a margem de erro, justificou Bonner. Na última pesquisa divulgada pelo Ibope, Plínio não pontuou. Nas próximas, se o desempenho do candidato atender ao critério, ele será convidado para as entrevistas na bancada do Bom Dia Brasil e do Jornal da Globo, afirmou o apresentador.
Após o registro do protesto, o candidato do PSOL respondeu perguntas sobre reforma agrária e revisão do pagamento da dívida externa do País. Plínio defendeu as ocupações de terra e disse que é preciso fazer uma ampla divisão de propriedades no Brasil. O STJ já decidiu que ocupação de terra não é crime. Ela é um apelo a uma sociedade insensível a respeito da necessidade que a população tem de ter terra para poder viver. É justo, estou e estarei sempre de acordo, defendeu o socialista.
Sobre a revisão e suspensão do pagamento da dívida externa, Plínio disse que a intenção não é dar calote nos investidores e nem bagunçar a economia. Quem dá calote é a burguesia. Nós não estamos propondo calote, mas sim uma auditoria nos pagamentos. Primeiro nós vamos auditar. Suspender o pagamento não precisa ser para todo mundo. Mas apenas para os grandes devedores. O que nós não podemos é pagar uma dívida que já foi paga. Getúlio, em 31, fez uma vistoria na dívida externa que caiu 50%, acrescentou.
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