Manifestantes foram dispersados durante ato na Avenida Paulista(Foto: Daniel Teixeira/AE)
Dois tenentes da Polícia Militar de São Paulo que comandaram a operação durante um protesto realizado na tarde de sábado (21) na Avenida Paulista, após a proibição pela Justiça da Marcha da Maconha, foram afastados de seus cargos em atividades operacionais, segundo nota divulgada pela PM na manhã desta quarta-feira (25). De acordo com a assessoria de imprensa da corporação, um deles era integrante da Força Tática e outro do Comando do Policiamento de Trânsito. Para conter as cerca de 500 pessoas que faziam manifestação por liberdade de expressão, policiais usaram bombas de gás lacrimogêneo e balas de borracha. Seis pessoas foram detidas e liberadas horas depois.
Segundo a PM, os tenentes comandantes da operação foram colocados na realização de atividades internas e administrativas. Eles devem ficar afastados dos cargos operacionais durante a sindicância instaurada pelo Comando da PM e pelo Comando de Policiamento da Capital para investigar se houve abusos durante o protesto.
Ainda segundo a PM, a sindicância não vai apenas apurar se houve desvio de conduta profissional dos policiais, mas também vai buscar identificar manifestantes que não atuaram em conformidade a decisão judicial e portanto realizaram apologia à maconha.
Crítica
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, criticou nesta segunda-feira (23) a ação da Polícia Militar durante o protesto e mandou apurar se houve abusos. Não podemos permitir que em uma metrópole com 22 milhões de pessoas [manifestantes] tirem o direito de ir e vir, com ocupação de pista, de avenida. (...) Um erro não justifica o outro. A polícia tem competência, a polícia tem experiência para lidar com essas questões, para preservar o direito de ir e vir das pessoas sem cometer violência. Então nós não compactuamos com isso, disse o governador.
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