PM afasta das funções comandantes de operação da Marcha da Maconha

PM afasta das funções comandantes de operação da Marcha da Maconha

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 9:41

Manifestantes foram dispersados durante ato na Avenida Paulista(Foto: Daniel Teixeira/AE)

  Dois tenentes da Polícia Militar de São Paulo que comandaram a operação durante um protesto realizado na tarde de sábado (21) na Avenida Paulista, após a proibição pela Justiça da Marcha da Maconha, foram afastados de seus cargos em atividades operacionais, segundo nota divulgada pela PM na manhã desta quarta-feira (25). De acordo com a assessoria de imprensa da corporação, um deles era integrante da Força Tática e outro do Comando do Policiamento de Trânsito.     Para conter as cerca de 500 pessoas que faziam manifestação por liberdade de expressão, policiais usaram bombas de gás lacrimogêneo e balas de borracha. Seis pessoas foram detidas e liberadas horas depois.

Segundo a PM, “os tenentes comandantes da operação foram colocados na realização de atividades internas e administrativas”. Eles devem ficar afastados dos cargos operacionais durante a sindicância instaurada pelo Comando da PM e pelo Comando de Policiamento da Capital para investigar se houve abusos durante o protesto.

Ainda segundo a PM, a sindicância não vai apenas apurar se houve desvio de conduta profissional dos policiais, mas também vai buscar “identificar manifestantes que não atuaram em conformidade a decisão judicial e portanto realizaram apologia à maconha”.

Crítica

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, criticou nesta segunda-feira (23) a ação da Polícia Militar durante o protesto e mandou apurar se houve abusos. “Não podemos permitir que em uma metrópole com 22 milhões de pessoas [manifestantes] tirem o direito de ir e vir, com ocupação de pista, de avenida. (...) Um erro não justifica o outro. A polícia tem competência, a polícia tem experiência para lidar com essas questões, para preservar o direito de ir e vir das pessoas sem cometer violência. Então nós não compactuamos com isso”, disse o governador.        

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