O soldado da Polícia Militar que teve a prisão temporária de 15 dias decretada na quinta-feira (29) pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) presta depoimento desde as 10h15 desta sexta-feira (30) na Divisão de Homicídios, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio. A informação foi confirmada pela assessoria da Defensoria Pública do Rio. Ele é suspeito de envolvimento na morte da juíza Patrícia Acioli , no dia 11 de agosto, em Piratininga, em Niterói, na Região Metropolitana do Rio.
De acordo com a Defensoria Pública, o soldado, que trabalha no 12º BPM (Niterói), chegou à DH acompanhado de um defensor público. Antes, ela passou pela Defensoria Pública, no Centro da cidade.
PM indicou endereço de juíza, diz TJ
Segundo o TJ-RJ, o soldado participou do crime ao indicar o endereço da juíza aos outros PMs envolvidos no crime. O pedido de prisão foi feito pelo delegado Felipe Ettore e reiterado pelo Ministério Público. Outros nove policiais e o ex-comandante do 7º BPM (São Gonçalo) estão presos.
"A perseverança das instituições livres e democráticas depende da observância das leis, garantindo uma extensa investigação até que se encontrem os autores, coautores e todos que participaram direta e indiretamente da empreitada criminosa sem limites, e assim, cada qual, possa responder penalmente à medida de sua conduta praticada, explicou o juiz Petersen Barroso Simão, da 3ª Vara Criminal de Niterói, responsável pela decisão.
Na quarta-feira (28), a polícia havia informado que tinha certeza da participação de mais um policial militar na morte da juíza.
Operações ilegais
Um dos cabos presos por suspeita de envolvimento com a morta da magistrada disse aos investigadores que o tenente-coronel Cláudio Luiz de Oliveira quando comandava o batalhão de São Gonçalo fazia operações ilegais e ainda ficava com parte do material apreendido. O tenente-coronel foi exonerado e está preso em Bangu 1, depois de o cabo acusá-lo de ser o mandante do assassinato da juíza , quando ainda era o comandante do batalhão.
Em trechos do depoimento, publicados na quarta pelo jornal O Globo, um dos cabos presos afirmou que o tenente-coronel recebia parte das apreensões feitas irregularmente por PMs do 7º BPM (São Gonçalo).
Ainda de acordo com o depoimento, as armas usadas no assassinato de Patrícia Acioli foram apreendidas em operações policiais em favelas e parte da munição, usada no crime, pertencia ao batalhão de São Gonçalo.
O cabo disse ainda que após ter sido preso com um tenente e o outro cabo, o ex-comandante esteve no batalhão prisional, em Benfica, na Zona Norte do Rio, e se comprometeu a ajudar os três, indicando inclusive um advogado para defendê-los.
O cabo decidiu colaborar com a polícia em troca do benefício da delação premiada, que pode garantir a ele redução de pena.
Na terça-feira (27), o tenente-coronel esteve na DH e ao chegar ao local afirmou ser inocente . Ele deixou a delegacia sem prestar depoimento, a pedido do advogado de defesa, que alegou desconhecer o inquérito, e voltou para a prisão.
Após a exoneração de Cláudio Luiz de Oliveira do comando do batalhão da Maré, o coronel Isidro, que era subcomandante, assumiu temporariamente o posto de comandante do 22º BPM.
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