Anderson Dezan, iG Rio de Janeiro
Secretário estadual de Segurança pediu para a população ficar calma
O secretário estadual de Segurança, José Mariano Beltrame, garantiu nesta terça-feira (7) que a Polícia Militar vai realizar o patrulhamento da cidade do Rio de Janeiro durante o carnaval ainda que a instituição inicie uma greve na próxima sexta-feira (10). A categoria prometeu suspender as atividades para reivindicar o aumento do piso salarial para R$ 3.500.
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“As polícias Militar e Civil possuem um protocolo de ações que deve ser seguido numa possibilidade de paralisação ou qualquer outro problema. Se ele existe, vai ser cumprido. É nossa obrigação prover segurança pública”, afirmou o secretário, durante uma coletiva para anunciar índices de criminalidade do Estado do Rio.
Para Beltrame, a população deve ficar calma em relação à possibilidade de greve. Ele disse torcer para que o protocolo de ações em caso de paralisação não precise ser usado. “Espero que a sociedade não precise ver essas ações, mas elas existem”, disse.
Durante a coletiva de imprensa, o secretário admitiu que “existe um hiato muito grande na capacidade de compra dos salários dos policiais em função de anos de atraso” nos aumentos. “Se isso fosse feito sistematicamente, os policiais não estariam em uma faixa salarial tão baixa. Mas isso não se resolve em curto prazo”.
Beltrame avaliou a postura do governo estadual nas negociações como positiva. “Entendo o esforço que está sendo feito e a demonstração clara e efetiva da opção pela segurança pública”, disse. “A maneira de se conseguir as coisas na vida parte de dois princípios: ordem e diálogo”, completou.
No dia 1º de fevereiro, o governador Sérgio Cabral enviou aos deputados da Alerj (Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro) um projeto que prevê um aumento de 38,81% a ser pago até 2013. Essa porcentagem representa uma antecipação dos aumentos que deveriam ser concedidos mês a mês para essas categorias.
A medida de aumento salarial antecipado, no entanto, parece não ter contido os ânimos. O presidente da Associação de Praças da Polícia Militar e Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro (Aspra-RJ), Vanderlei Ribeiro, afirmou que o grupo quer outras mudanças.
"Queremos um piso de R$ 3.500, a exemplo de outros estados. Além disso, o governador somente antecipou os aumentos previstos, e deixou inativos e pensionistas de fora", disse.
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