Polícia admite aumento de roubo a joalherias em 2010

Polícia admite aumento de roubo a joalherias em 2010

Fonte: Atualizado: sábado, 29 de março de 2014 às 03:23

O delegado titular da Delegacia de Repressão a Roubo de Joias da Polícia Civil, José Antônio do Nascimento, admitiu na tarde desta segunda-feira (5) que houve um aumento no roubo de joalherias neste ano em São Paulo em comparação com anos anteriores.

Segundo o delegado, a polícia investiga inclusive se estes roubos estão sendo feitos "sob encomenda". As peças podem ter sido vendidas para receptadores do exterior.

As afirmações foram feitas pelo delegado na sede do Departamento de Investigações sobre o Crime Organizado (Deic) durante o anúncio da prisão do quinto suspeito de participar do assalto à loja da Rolex, no Shopping Cidade Jardim, na Zona Sul de São Paulo, em 7 de junho passado. Segundo a polícia, no momento da detenção, ocorrida na sexta-feira (2), o homem portava uma pistola 380 roubada. Nascimento afirmou que o preso deixou a cadeia em 30 de março, depois de cumprir pena por roubo a uma outra joalheria. Segundo a polícia, ele admitiu ter participado do assalto à Rolex.

"É uma linha de trabalho que estamos realizando desde os primeiros roubos. De fato, houve um aumento (nos roubos a joalherias), mas este aumento não foi regionalizado. Nós temos notícias de roubo em vários outros estados da federação. É possível, sim, que, principalmente os relógios, sejam roubados por encomenda. Há indícios de que os relógios (roubados) foram encaminhados para o exterior", afirmou Nascimento, ao ser questionado sobre a possibilidade de estes crimes estarem sendo feitos sob encomenda.

Como forma de repressão a este tipo de roubo, o delegado informou que foi solicitada aos outros poderes - Legislativo e Executivo - "a normatização da fiscalização de cadastro de todos os comércios de metais preciosos". Segundo Nascimento, o roubo de joias não é um crime momentâneo e "acontece desde sempre".

A preferência, no entanto, dos criminosos por joalherias instaladas em shoppings se dá por outros motivos, que estão sendo averiguados. "Um deles é a facilidade para os criminosos se misturarem com o público do shopping. Mas com o aumento deste tipo de crime as empresas de segurança privada vão saber se preparar para evitá-los", disse.

De acordo com Nascimento, a loja da Rolex teve um prejuízo avaliado em R$ 1,5 milhão. O quinto suspeito admitiu à polícia que revendeu a parte dele por um percentual bem inferior ao valor do que foi roubado. "Ele vendeu aqui dentro para ser levado para o exterior. É um valor bem abaixo do que as peças valem", concluiu Nascimento.

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