Polícia aguarda laudos para tentar esclarecer morte de gatos em SP

Policiais da Delegacia de Proteção aos Animais de Ribeirão Preto, a 313 km de São Paulo, buscam o suspeito de ter envenenado 26 gatos que foram encontrados mortos no complexo Morro de São Bento nesta segunda-feira (9). Porções de rações encontradas na região foram recolhidas pela polícia e encaminhadas para o Instituto Adolfo Lutz.

  Segundo o delegado Norberto Bocamino, responsável pelas investigações, uma equipe da delegacia foi destacada para tentar achar o responsável. Algumas pessoas já foram ouvidas, mas nenhuma pista sobre o autor da ação foi recebida pela polícia. Os animais viviam soltos na região e eram alimentados diariamente por pelo menos duas pessoas.

  “Nós estamos diligenciando, procurando contato com a população. A pessoa que faz isso age de forma sorrateira, sempre alguém sabe de alguma coisa. Não há duvida nenhuma que houve o envenenamento. Há casos isolados na cidade, mas com essa proporção nunca tinha visto”, afirmou o delegado na manhã desta terça-feira (10).     As vísceras dos animais também foram retiradas e encaminhadas para a elaboração de um laudo que pode apontar a causa da morte. Segundo o delegado, os gatos podem ter sido envenenados com chumbinho.

Bosque

De acordo com Eliana Collucci, chefe da Divisão de Controle de Zoonoses de Ribeirão Preto, um das pessoas que costuma alimentar os animais encontrou alguns deles mortos na noite deste domingo (8). Na manhã de segunda, ela recebeu uma denúncia sobre os animais mortos. O diretor do Zoológico Municipal também entrou em contato com o órgão para informar que gatos mortos foram encontrados em um bosque que fica no local.

Segundo Eliana, o complexo é um ponto já conhecido de abandono de animais. “Eram gatos soltos, de rua, mas ficavam restritos nessa área grande que inclui o zoológico. Pelo que foi descrito, como eles estavam, babando, em choque, a gente acredita que foi envenenamento através de alimento que foi fornecido”, afirmou.

Ainda de acordo com ela, os animais eram acompanhados pela Zoonoses e boa parte deles já estava castrada, vacinada e vermifugada. O órgão também mantinha um monitoramento dos gatos junto com as pessoas que cuidavam deles.