Polícia Civil dá continuidade à operação no centro do Rio de Janeiro

Polícia Civil dá continuidade à operação no centro do Rio de Janeiro

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 09:59

A Polícia Civil do Rio de Janeiro e agentes da Receita Federal dão continuidade nesta quinta-feira (27) à operação contra pirataria e contrabando no Mercado Popular da Uruguaiana, no Centro. As cabines estão fechadas. Na quarta-feira (26), o chefe da Polícia Civil, Alan Turnowski, informou que a instituição vai montar uma base fixa no local, que vai combater permanentemente a venda ilegal no mercado popular mais conhecido da cidade.

A ação desta quarta contou com o apoio de mais de 200 pessoas para flagrar o comércio irregular no camelódromo. Investigações apontam que já há produtos sendo comercializados com a marca da Olimpíada e da Copa de 2014. Segundo Alan Turnowski, a operação vai durar mais dois dias. O volume do material recolhido ainda não foi divulgado.

- Essa ideia de uma base operacional no camelódromo é um projeto piloto. O prefeito Eduardo Paes já nos prometeu fornecer um local para a instalação deste posto. Queremos zerar a venda de produtos piratas. Em outros países, essas máfias são mais lucrativas e até mais perigosas do que o tráfico de drogas. Queremos evitar que isso aconteça aqui até mesmo devido aos grandes eventos que teremos.

Turnowski afirmou que não houve vazamento das informações sobre a operação. Segundo ele, se isso acontecesse, os boxes não estariam cheios de mercadorias. Ele disse ainda que o estabelecimento que vender produto ilegal, o dono vai ter o alvará cassado.

A titular da DRCPIM (Delegacia de Repressão aos Crimes Contra a Propriedade Imaterial), Valéria Aragão, que iniciou uma investigação sobre a pirataria na Uruguaiana há sete meses, afirmou que pequenos grupos controlam um grande número de boxes no camelódromo sendo que muitos colocam as lojas em nomes de laranjas. Atualmente, o camelódromo possui 1.508 boxes.

Segundo ela, quando o camelódromo foi criado, há 16 anos, a ideia inicial era conceder uma autorização apenas para trabalhadores honestos venderem seus produtos.

- Eles [donos] alugam por R$ 2.000 por semana e muitos são vendidos por R$ 300 mil. Apesar de não estimar o valor que os grupos lucram com a venda de produtos piratas, a delegada afirmou ter informações de que, em um boxe, foram achadas mercadorias que, se somadas, foram avaliadas em cerca de R$ 1 milhão.    

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