A polícia prendeu nesta quinta-feira (11) um motociclista e uma mulher suspeitos de matar o agente de saúde da prefeitura, Julio Baptista Almeida da Silva Barros, de 30 anos. O crime aconteceu em julho de 2009, na Favela Nova Brasília, no Conjunto de Favelas do Alemão, no subúrbio do Rio. De acordo com o delegado Antonio Nunes, da 44ª DP (Inhaúma), os assassinos confundiram o agente com um estuprador que agia na região.
Segundo o delegado, a vítima trabalhava no combate de mosquitos e vetores, e foi à casa da mulher para colocar um produto químico para afastar os insetos. A mulher teria, então, o confundido com um estuprador que já teria atacado sete mulheres. Ela chegou a telefonar para uma emissora da TV para fazer o retrato falado do funcionário, apontando-o como o criminoso.
Chefe de tráfico seria o responsável pela morte
Dias após a denúncia, a mulher encontrou o agente num ponto de ônibus na Favela Nova Brasília e informou a mototaxistas da região que ele era o estuprador. De acordo com o delegado, os mototaxistas tinham ligação com o tráfico de drogas e sequestraram o agente e o levaram para dentro da comunidade.
A polícia informou que a vítima teria sido julgada e condenada pelo chefe do tráfico de drogas do Conjunto de Favelas do Alemão, conhecido como Pezão. Ainda de acordo com a polícia, o traficante seria o responsável pela ocultação do cadáver do agente da prefeitura. O delegado investiga se outro homem, um foragido da Justiça, também participou do crime.
A mulher e o homem presos nesta quinta-feira (11) foram autuados pelos crimes de ocultação de cadáver e homicídio qualificado por motivo fútil, meio cruel e impossibilidade de defesa da vítima.
Na época do crime, a família e amigos do agente de saúde já acreditavam na possibilidade de Júlio ter sido morto ao ser confundido com o estuprador. Os parentes chegaram a fazer alguns protestos em busca de informações sobre o paradeiro do funcionário da prefeitura.
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