Polícia procura armas e celulares após motim em penitenciária

Polícia procura armas e celulares após motim em penitenciária

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 09:37

Presos são levados para pátio em revista na unidade

prisional (Foto: Reprodução / TVCA)

  Depois do motim que terminou com as mortes de um agente prisional e de um reeducando, a Penitenciária Central do Estado, antigo Pascoal Ramos, em Cuiabá,  entrou no segundo dia de revistas. Agentes da Rondas Ostensivas Táticas Metropolitanas (Rotam) estão vistoriando nesta sexta-feira (24) os raios quatro, cinco e os módulos de concreto e aço, onde estão presos mais de 800 homens. Ontem, os raios um, dois e três – considerados mais complexos, já foram vistoriados.

A varredura pretende localizar nas celas drogas, celulares e, principalmente, armas. Segundo o presidente do Sindicato dos Agentes Prisionais de Mato Grosso, João Batista Pereira, existem celas com freezer e televisores que são utilizados para fins criminosos. “Isso é uma regalia. Eles escondem celular e drogas nesses aparelhos”, afirma o representante dos agentes prisionais. A Polícia Militar deve repassar um balanço de tudo o que foi apreendido nos dois dias de revista.     A maior unidade prisional de Mato Grosso – Penitenciária Central do Estado, vive uma das maiores crises institucionais de sua história. Toda a cúpula administrativa pediu demissão e, agora, a Administração Penitenciária está à procura de técnicos para assumir a unidade. De acordo com informações do secretário adjunto de Justiça e Direitos Humanos, tenente-coronel José Antônio Chaves, o novo diretor interino deve ser definido até a próxima terça-feira (28). Chaves adiantou que, por lei, a prioridade no cargo é para alguém que já trabalha no sistema prisional.

Cobrando mais segurança durante o trabalho, os agentes prisionais pararam as atividades e as visitas na unidade chegaram a ser suspensas. A deste domingo (26) está mantida e dependerá do comportamento dos reeducandos. O comando da Penitenciária segue com o superintendente do Sistema Prisional, José Carlos de Freitas.

Transferência

A administração Penitenciária aguarda a decisão dos juízes das comarcas para onde os presos deverão ser levados. Ao todo, a Justiça determinou a transferência de 1.650 presos da Penitenciária Central. O Sistema Prisional apresentou um plano de transferência de 830 presos que deve ser feita aos poucos, de forma intercalada e sem data definida.

Outros 16 presos considerados de alta periculosidade da unidade prisional serão transferidos para presídios federais. Entre eles, estão os ex-policiais Hércules Araújo Agostinho e Célio Alves – condenados por crimes de pistolagem em Mato Grosso. O Departamento Penitenciário Nacional (Depen) já se manifestou favorável às transferências, mas ainda não encontrou vaga no sistema. A Justiça Federal ainda precisa dar aval para que o processo de transferência dos presos mais perigosos aconteça.          

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