A polícia do Rio de Janeiro está à procura de um suspeito de espancar o enteado, um menino de cinco anos de idade. O caso está sendo acompanhado pelo Ministério Público do Rio, que denunciou o homem por tortura. Ele é acusado de submeter o enteado a intenso sofrimento físico e mental, teve a prisão preventiva decretada e está foragido.
O menino foi encontrado com os olhos roxos e cheio de marcas pelo corpo pela mãe, à noite, quando ela chegou em casa depois do trabalho. O padrasto da criança disse que o menino tinha se ferido ao cair no banheiro.
A mãe não acreditou e, segundo o boletim médico da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Marechal Hermes, a criança foi vítima de chineladas e socos. A promotora da Vara da Infância e da Juventude, Andrea Amin, contou que há muito tempo não via tamanhos maus-tratos a uma criança. "Marcas no entorno do pescoço, atrás da orelha, nas mãos, inchadas, porque a criança é muito pequena, cinco anos, eram de chineladas. E depois se soube que as marcas nos olhos tinham sido decorrentes de socos", disse a promotora.
Segundo o laudo do Instituto Médico Legal (IML), o menino tinha sinais de espancamento, traumatismo craniano, marcas de enforcamento e problemas na visão.
Os depoimentos dados ao MP apontam que, além do caçula, os irmãos vinham sofrendo agressões físicas e psicológicas. A avó está com a guarda provisória do menino.
"Em razão dessa crueldade dele, é importante ressaltar que a criança tem uma proteção especial pela lei porque ela está ainda em desenvolvimento. De modo que o que acontece com a criança tem uma maior gravidade, então tem que ter um peso maior da lei. O crime não pode ser tratado como um crime menor, e sim como um crime de tortura. É um crime equiparado a hediondo", explicou a delegada Fátima Bastos.
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