O delegado Fernando Gaiotto Vasques, do 3º Distrito Policial de Itapetininga, a 170 km de São Paulo, informou que irá pedir ainda nesta segunda-feira (27) a prisão preventiva do auxiliar de enfermagem suspeito de agredir um idoso na cidade. Câmeras instaladas na casa da vítima mostram o profissional dando puxões, chutes e chineladas no idoso de 79 anos. O suspeito teve a prisão temporária decretada por cinco dias na sexta-feira (24), e foi encaminhado para a cadeia de São Manuel.
Estou concluindo o inquérito e vou pedir a prisão preventiva. Essa preventiva não tem prazo, vai até o julgamento. Pretendo entregar o inquérito e o pedido de prisão no Fórum ainda nesta manhã, informou o delegado ao G1 .
De acordo com o delegado, laudo do Instituto Médico-Legal (IML) aponta algumas lesões nos braços do idoso e no joelho. Muito possivelmente, pelas imagens gravadas, sejam em razão de duas quedas que ele sofreu da cama, explicou Vasques. As agressões foram descobertas depois que o filho da vítima, Luiz Carlos Fontebasso, desconfiou que algo estava errado quando o pai, que não fala desde que teve um derrame cerebral, mudou de comportamento. O idoso dormia durante o dia e passava as noites em claro. O filho também notou o surgimento de hematomas pelo corpo. Em apenas uma semana, foram filmadas 27 agressões.
Além de monitorar o auxiliar de enfermagem, as câmeras também foram instaladas para que a filha do idoso, que mora no Canadá, pudesse acompanhar o dia do pai. Segundo Fontebasso, o homem foi avisado que havia câmeras na casa quando foi contratado.
Em depoimento na delegacia, o auxiliar de enfermagem inicialmente negou as agressões. Ele disse que eventualmente amparava o idoso quando ele ia sofrer uma queda, explicou o delegado. As imagens foram mostradas para ele, e então ele disse que não sabia explicar os motivos pelos quais cometeu tais atos.
Ainda de acordo com o delegado, o suspeito confirmou que sabia da existência das câmeras na casa e que o idoso não tinha condições de se expressar nem de entender o que ocorria em sua volta.
O auxiliar de enfermagem pode responder por tortura, que é um crime hediondo, e pegar de 8 a 16 anos de prisão se for condenado.
Postado por: Guilherme Pilão
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