Policial que ajudava a distribuir drogas de dentro de presídio em MT é preso

Policial que ajudava a distribuir drogas de dentro de presídio em MT é preso

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 09:15

Agência Brasil

Operação Raiz, da Polícia Federal, prendeu nove pessoas, entre elas o policial que trabalhava como guarda do presídio

Agentes federais prenderam nesta terça-feira, em Rondonópolis (MT), um policial militar acusado de integrar um grupo criminoso que, segundo a Polícia Federal (PF), controla a distribuição de drogas na região sul de Mato Grosso. Entre os líderes do bando, segundo a PF, estão três detentos que agiam dentro da Penitenciária Major Eldo de Sá Correia, o Presídio da Mata Grande.

Mais de 50 policiais federais participaram da Operação Raiz, deflagrada esta manhã. Os nove mandados de prisão e nove de busca e apreensão emitidos pela 1ª Vara Criminal de Rondonópolis foram cumpridos. Entre os investigados, estão três reclusos que já se encontravam detidos na penitenciária. Nesse caso, a Justiça emite um novo mandado de prisão, ordenando que a pessoa continue presa.

Já o policial militar, de acordo com a PF, trabalhava como guarda do presídio. Seu nome não foi divulgado, mas, em nota, a PF informou que logo após prestar depoimento, ele será entregue ao comando da Polícia Militar para que a corporação adote as providências necessárias.

A operação: PF faz operação contra grupo que agia a partir de presídio de Mato Grosso

Disputa: Al-Qaeda e Estados Unidos disputam controle do tráfico em João Pessoa

Elogio: ONU elogia combate ao tráfico em favelas no Brasil

Durante a operação, foram apreendidos um revólver calibre 38, encontrado na casa de um parente do policial militar; uma balança de precisão com 4,2 gramas de pasta-base de cocaína e cerca de 600 quilos de pescado irregular. No interior da penitenciária, foram encontrados 300 gramas de cocaína e maconha.

Todos os envolvidos vão responder pelos crimes de tráfico de drogas e associação para o tráfico, cujas penas variam de cinco a 15 anos de prisão. Além disso, o policial militar será indiciado por pesca irregular ou comercialização de pescado irregular, podendo ser condenado a uma pena de um a três anos de cadeia. Já o porte ilegal de arma de fogo poderá custar à pessoa que a guardava em casa entre dois e quatro anos de reclusão.

A Operação Raiz – que recebeu este nome devido às referências a um dos supostos chefes da quadrilha, o Mandioca – é um prolongamento da Operação Xadrez, deflagrada em 2011, também com o objetivo de combater o narcotráfico no presídio da Mata Grande e na Cadeia de Itiquira, onde agentes haviam encontrado drogas e aparelhos telefônicos.

A partir das investigações, a PF identificou que 50 quilos de droga apreendidos na Cadeia de Itiquira, em janeiro de 2011, iriam ser entregues a um dos membros da quadrilha. Por volta da mesma época, também foram apreendidos cerca de 295 quilos de pasta-base de cocaína encontrados em um caminhão.

Em maio do ano passado, foi instaurado o inquérito que resultou na ação deflagrada esta manhã. De lá para cá, a PF diz ter recolhido provas de que agentes públicos permitiam a entrada de telefones celulares na unidade prisional, o que possibilitava aos criminosos continuar coordenando a venda de drogas e outras práticas ilícitas do interior do presídio.


Continue lendo...

Este conteúdo foi útil para você?

Sua avaliação é importante para entregarmos a melhor notícia

Siga-nos

Mais do Guiame

O Guiame utiliza cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar a sua experiência acordo com a nossa Politica de privacidade e, ao continuar navegando você concorda com essas condições